Inflação é a mais baixa para fevereiro desde 2000Com uma queda de preços de 0,45%, os alimentos foram os principais responsáveis pelo recuo da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em fevereiro na comparação com o mês anterior O IPCA recuou de 0,38% em janeiro para 0,33% em fevereiro. Os alimentos, que haviam tido uma inflação de 0,35% em janeiro, registraram uma queda de preços (deflação) de 0,45% no mês seguinte. Os números foram divulgados pelo IBGE. A queda de preços do grupo alimentação e bebidas foi provocada por recuos nos preços de vários produtos, como o feijão-carioca (-14,22%), feijão-preto (-9,22%), batata-inglesa (-5,06%), frango inteiro (-3,83%), tomate (-3,33%), frutas (-2,46%), farinha de trigo (-1,22%), carnes (-1,22%), açúcar refinado (-1,10%), arroz (-0,60%) e pão francês (-0,55%). Apesar da queda de muitos produtos, alguns alimentos ficaram mais caros. É o caso da cenoura (11,77%), hortaliças (5,22%), farinha de mandioca (2,63%), café moído (1,82%) e óleo de soja (1,05%). E, enquanto comprar produtos para fazer sua própria refeição em casa ficou, em média, 0,75% mais barato, comer fora custou mais 0,11%. O aumento de 5,04% dos gastos com educação, por outro lado, impediu uma queda maior da inflação oficial. Fevereiro é o mês em que habitualmente são reajustadas as mensalidades dos cursos regulares, cujos valores subiram 6,99%. Esse foi o item individual que mais pesou na inflação do mês (ABr). |
Cresce a intenção de investimentos da indústriaO Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas, avançou 6,9 pontos no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior. É quarta alta consecutiva e, com o resultado, o indicador chegou a 100 pontos, o maior nível desde o primeiro trimestre de 2015 (100,8). A escala varia de zero a 200 pontos. Os 100 pontos são a zona de neutralidade entre o pessimismo (abaixo de 100 pontos) e otimismo (acima de 100 pontos). No primeiro trimestre deste ano, a proporção de empresas que pretendem investir mais nos 12 meses seguintes ficou em 19,9%, mesmo percentual das que tencionam investir menos. No trimestre anterior, o percentual de empresas que queriam investir era de apenas 17,8%, enquanto as que estimavam investir menos eram 24,7% do total. A proporção de empresas que estão certas em relação ao plano de investimentos para os próximos 12 meses (29,2%) superou a proporção das que estão incertas (22,7%). Esse foi o menor percentual de empresas incertas sobre a execução dos investimentos desde o fim de 2015 (ABr). | Fipe registra nova deflação em São PauloO Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na cidade de São Paulo, iniciou março com recuo de 0,09%, ante uma queda de 0,08% no fechamento de fevereiro. O grupo alimentação foi o que mais influenciou o resultado, ao registrar redução de preços em nível mais acentuado do que no último levantamento. Nessa classe de despesa, o índice passou de -0,69% para -0,73%. A apuração da primeira prévia da Fipe mostra que dos sete grupos pesquisados, quatro apresentaram diminuição na média de preços, dois tiveram elevação e um desacelerou. Em transportes, a taxa indicou queda de 0,19% sobre uma variação negativa de 0,17%, registrada no encerramento de março. Em despesas pessoais, foi constatada queda de 0,13%, a mesma variação medida no último levantamento. No grupo vestuário, foi mantido o movimento de recuperação de preços. Na média, o índice caiu 0,33%, mas na pesquisa passada o recuo tinha sido mais significativo (-0,42%). Em educação, é observado caminho inverso – os preços, que no começo do ano sempre sobem mais, agora começam a se estabilizar. No fechamento de fevereiro, o grupo tinha apresentado alta de 0,13% e passou para 0,04%. A maior taxa foi encontrada no grupo saúde (de 0,69% para 0,71%), mas a alta mais expressiva ocorreu em habitação (de 0,13% para 0,36%) (ABr). Famílias com renda mais baixa tiveram inflação de 4,69%O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, acumulou, em fevereiro deste ano, uma taxa de 4,69% em 12 meses. A taxa é inferior à acumulada até janeiro (5,44%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa do INPC também foi inferior à inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumula taxa de 4,76% em 12 meses. Considerando-se apenas o mês de fevereiro, o INPC ficou em 0,24%, abaixo do 0,42% do INPC de janeiro. Os produtos alimentícios tiveram uma queda de preços de 0,53%, enquanto os não alimentícios registraram inflação de 0,59% (ABr). |