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Economia 10/06/2016

em Economia
quinta-feira, 09 de junho de 2016

Taxas de juros para crédito crescem pela quinta vez no ano

Juros do comércio, do cartão de crédito rotativo e do cheque especial foram aumentados.

As taxas de juros das operações de crédito cresceram novamente em maio, sendo a quinta elevação do ano e a vigésima consecutiva, de acordo com a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac)

Quando analisado o crédito para pessoa física, das seis linhas pesquisadas três tiveram as taxas de juros aumentadas no mês: juros do comércio, cartão de crédito rotativo e cheque especial. No sentido contrário, aparecem o CDC-bancos-financiamento de veículos, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras.
A taxa de juros (média geral) para pessoa física teve elevação de 0,01 ponto percentual no mês (0,28 ponto percentual no ano), correspondente a um aumento de 0,13% no mês (0,19% em doze meses), passando de 7,95% ao mês (150,42% ao ano) em abril de 2016 para 7,96% ao mês (150,70% ao ano) em maio de 2016.
No caso das pessoas jurídicas, as três linhas de crédito pesquisadas sofreram elevação. A taxa de juros média geral para pessoa jurídica cresceu 0,04 ponto percentual no mês (0,79 ponto percentual em 12 meses), que corresponde a uma elevação de 0,87% no mês (1,11% em 12 meses), passando de 4,58% ao mês (71,15% ao ano) em abril de 2016 para 4,62% ao mês (71,94% ao ano) em maio de 2016.
De acordo com o diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, os aumentos podem ser atribuídos ao cenário econômico que eleva o risco do crescimento nos índices de inadimplência. “Este cenário se baseia no fato de os índices de inflação mais elevados, aumento de impostos e juros maiores reduzirem a renda das famílias”. Para a Anefac, a previsão é que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses (ABr).

Conab estima queda de 5,4% na safra de grãos 2015/2016

O volume representa uma redução de 11,2 milhões de toneladas a menos do que a safra anterior.

A produção brasileira de grãos deve chegar a 196,5 milhões de toneladas na safra 2015/2016. O volume representa uma redução de 5,4%, ou 11,2 milhões de toneladas a menos do que a safra anterior, que foi de 207,7 milhões. As estimativas estão no nono levantamento da safra, divulgado ontem (9) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O resultado se deve às estiagens prolongadas e altas temperaturas que prejudicaram a primeira e segunda safras do milho durante o ciclo vegetativo.
A primeira safra, com uma produção de 26,2 milhões de toneladas, sofreu uma queda de 3,9 milhões. Já a segunda safra, que começa a ser colhida em junho, tem previsão de 50 milhões, o que representa recuo de 4,6 milhões. No total, a produção nacional de milho deverá ser de 76,2 milhões de toneladas contra 84,6 milhões da safra 2014/2015. Já a soja, responsável por 48,7% da produção nacional de grãos, mesmo afetada pelo clima, registrará produção de 95,6 milhões de toneladas, 0,6% menos que na safra passada, que foi de 96,2 milhões de toneladas.
Para arroz, feijão e algodão, a estimativa também é de recuo na produção total, por causa da redução na área plantada e pela estiagem ocorrida no período. Entre as culturas de inverno, o trigo é destaque, com uma produção de 5,9 milhões de toneladas, 6,3% superior à safra anterior, que chegou a 5,5 milhões. O estudo da Conab mostra, ainda, que a área cultivada de grãos em todo o país deve chegar a 58,2 milhões de hectares, o que representa um aumento de 0,4% em relação à safra 2014/2015, quando foram cultivados 57,9 milhões (ABr).