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Economia 09/09/2016

em Economia
quinta-feira, 08 de setembro de 2016
Alta foi provocada pelo avanço de preço da passagem aérea (de -3,39% para 4,20%).

Passagem aérea fica mais cara e pressiona a inflação

Alta foi provocada pelo avanço de preço da passagem aérea (de -3,39% para 4,20%).

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou variação de 0,34%, na primeira prévia de setembro, o que indica aceleração de 0,02 ponto percentual (pp), em relação à última pesquisa (0,32%)

O levantamento é feito pelo Ibre/FGV, no Recife, Rio de Janeiro, em Salvador, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. Em três dos oito grupos pesquisados houve aumento no ritmo de correção e o maior impacto sobre a inflação foi constatado em educação, leitura e recreação (de 0,50% para 0,92%).
Essa alta foi provocada, principalmente, pelo avanço de preço da passagem aérea (de -3,39% para 4,20%). Em alimentação, a taxa subiu de 0,69% para 0,76% com destaque para as frutas (de 5,61% para 8,45%) e no grupo habitação (de 0,10% para 0,11%). Neste último grupo, o motivo foi a conta de luz com um recuo menos expressivo do que na apuração passada (de -1,14% para -0,63%). Já em transportes, o índice desacelerou passando de 0,11% para 0,01%, efeito da redução observada no preço da gasolina (de -0,64% para -0,98%).
Em saúde e cuidados pessoais, ocorreu alta com taxa inferior à registrada no último levantamento (de 0,50% para 0,44%). O mesmo ocorreu em relação ao grupo comunicação (de 0,16% para 0,01%). Já em vestuário foi verificada queda mais intensa (de -0,12% para -0,17%), movimento também constatado em despesas diversas (-0,08% para -0,10%).
Os itens que mais influenciaram o avanço do IPC-S foram: mamão papaya (37,99%); show musical (8,25%); refeições em bares e restaurantes (0,64%); plano e seguro de saúde (1,05%) e tomate (13,87%). Em compensação, os itens que ajudaram a diminuir o impacto foram: batata-inglesa (-15,47%); gasolina (-0,98%); tarifa de eletricidade residencial (-0,63%); alface (-11,36) e cebola (-20,71%) (ABr).

Venda de carne suína para a Coreia do Sul

O mercado da Coreia do Sul é de 50 milhões de consumidores.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, considerou positivo o saldo da sua visita a Seul, na Coreia do Sul. Ele conseguiu do vice-ministro da Agricultura, Lee Jun-won, a promessa de que o processo para a aprovação da importação da carne suína de Santa Catarina seja concluído no início do próximo ano, quando técnicos do governo coreano deverão vir ao Brasil para uma série de visitas técnicas as frigoríficos. O mercado da Coreia do Sul é de 50 milhões de consumidores.
As negociações para a entrada de carne suína brasileira no mercado coreano já se arrastam por uma década. “O governo e os produtores de Santa Catarina têm de manter a pressão, porque esta penúltima etapa deve estar concluída em novembro. E, quanto mais cedo os coreanos fizerem a visita técnica, mais rápido colocaremos nossa carne suína no mercado coreano”, disse Blairo antes de embarcar para Hong Kong, onde cumpre a terceira etapa de sua viagem à Ásia.
O ministro foi firme durante as conversas com representantes do governo coreano. Mostrou que o Brasil é um país com 200 milhões de consumidores e que quer ser tratado como um parceiro estratégico pela Coreia, país que é grande produtor de equipamentos eletroeletrônicos e veículos. “Não consigo entender porque vocês liberam carne bovina de países que podem oferecer muito menos contrapartida e ainda não liberam o nosso produto”, disse o ministro.
Blairo acrescentou que o agronegócio no Brasil responde hoje por praticamente 50% de todas as exportações brasileiras e, por isso, além da soja e do milho, os brasileiros querem vender produtos com maior valor agregado, como as carnes suína e bovina, além do frango que é muito consumido pelos coreanos (Mapa).

Saída de dólares do país supera entrada em agosto

As saídas de dólares no país superaram as entradas em agosto, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (8). No mesmo mês do ano passado, o saldo negativo ficou em US$ 1,110 bilhão. De janeiro a 2 de setembro, o saldo é negativo em US$ 10,559 bilhões, contra o resultado positivo de US$ 11,365 bilhões em igual período de dias úteis de 2015.
Somente no mês passado, o fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) ficou negativo em US$ 3,785 bilhões. Já o fluxo comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações) teve saldo positivo de US$ 2,676 bilhões.
Neste ano, até 2 deste mês, o fluxo comercial ficou positivo em US$ 32,476 bilhões e o financeiro, negativo em US$ 43,034 bilhões (ABr).