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Economia 08/02/2018

em Economia
quarta-feira, 07 de fevereiro de 2018
O segmento de energia (petróleo, gás natural e carvão) subiu 3,59%, enquanto o de metais (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo, níquel, ouro e prata) teve alta de 3,3%.

Preço de commodities teve alta de 0,92% em janeiro

O segmento de energia (petróleo, gás natural e carvão) subiu 3,59%, enquanto o de metais (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo, níquel, ouro e prata) teve alta de 3,3%.

Os preços das commodities, produtos primários com cotação internacional, iniciaram o ano em alta

O Índice de Commodities Brasil (IC-Br), calculado mensalmente pelo Banco Central (BC), registrou alta 0,92% em janeiro comparado a dezembro. Em 12 meses, a alta é de 3,61%. O IC-Br é calculado com base na variação em reais dos preços de produtos primários (commodities) brasileiros negociados no exterior.
Em dezembro, o segmento de energia (petróleo, gás natural e carvão) subiu 3,59%, enquanto o de metais (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo, níquel, ouro e prata) teve alta de 3,3%. O segmento agropecuário (carne de boi, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz, carne de porco, cacau e suco de laranja) registrou queda de 0,65%, no mês. O índice internacional de preços de commodities CRB, calculado pelo Commodity Research Bureau, registrou queda de 0,49% no mês passado.
Em dezembro, no Relatório de Inflação, o BC anunciou a revisão da metodologia do IB-Br. Entre as mudanças, está a definição de ponderação associada ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “A definição da ponderação associada ao IPCA não é trivial, dado que as commodities são, em grande parte, insumos primários para a produção dos bens e serviços da cesta de consumo”, disse o BC, no relatório.
Houve também inclusão de novas commodities nos segmentos agropecuário e metálico: cacau, suco de laranja, ouro e prata. Houve também aumento do peso relativo do petróleo nos meses mais recentes, “em consonância com a nova política de preços adotada pela Petrobras”. O BC lembrou que em outubro de 2016 a Petrobras alterou sua política de preços, estabelecendo revisões mensais dos preços da gasolina e do diesel, referenciadas na paridade com o mercado internacional.
Em junho de 2017, os preços do gás residencial também passaram a ser revisados mensalmente e no mês seguinte a empresa anunciou que poderia promover revisões diárias nos preços da gasolina e do diesel. Em dezembro, a Petrobras anunciou que vai rever sua política de preços do gás, que, no entanto, continuará referenciada nos preços do mercado internacional (ABr).

Custo da cesta básica subiu em 20 capitais, diz pesquisa

Cesta básica ficou mais cara em 20 capitais. Maiores altas ocorreram em João Pessoa (11,91%), Brasília (9,67%), Natal (8,85%), Vitória (8,45%) e Recife (7,32%).

O custo da cesta básica – composta por alimentos essenciais – aumentou em 20 capitais brasileiras em janeiro, segundo pesquisa do Dieese. Foram registradas altas mais expressivas em João Pessoa (11,91%), Brasília (9,67%), Natal (8,85%), Vitória (8,45%) e Recife (7,32%). Goiânia (0,42%) e Manaus (2,59%) anotaram as menores taxas. A cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 446,69), seguida do Rio de Janeiro (R$ 443,81) e São Paulo (R$ 439,20). Os menores valores médios foram encontrados em Salvador (R$ 333,98) e Aracaju (R$ 349,97).
No acumulado de janeiro de 2017 a janeiro de 2018, 14 cidades apresentaram queda, com destaque para Manaus (-9,93%), Belém (-9,70%) e Salvador (-7,16%). As altas mais expressivas ocorreram em Natal (3,11%) e Recife (2,90%).
O preço do tomate aumentou em todas as cidades, por conta da redução da área plantada e das chuvas. As taxas variaram de 6,94% em Goiânia a 94,03% em João Pessoa. Em 12 meses, todas as cidades tiveram alta, que variou entre 8,63% em Belém, e 104,28% em Curitiba.
A banana, cujo preço foi estimado por média ponderada entre os tipos prata e nanica, acusou elevação em 19 capitais e queda em Aracaju (-6,63%). Os maiores aumentos de preço foram anotados em João Pessoa (25,57%) e Rio de Janeiro (15,50%). Em 12 meses, o valor médio da banana caiu em 19 cidades, com destaque para Belo Horizonte (-32,12%) e Brasília (-30,08%).
O feijão carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além das cidades de Belo Horizonte e São Paulo, sofreu queda, exceto em João Pessoa (0,21%). Nas demais cidades, as taxas variaram entre -11,63% em Belém e -2,67% em Aracaju. O feijão preto diminuiu em Florianópolis (-12,55%), Vitória (-5,75%), Porto Alegre (-5,27%), Rio de Janeiro (-2,87%) e Curitiba (-0,27%). Com base na cesta mais cara, a de Porto Alegre, o salário mínimo ideal para uma família de quatro pessoas deveria ser R$ 3.752,65, equivalente a 3,93 vezes o mínimo atual de R$ 954, segundo os pesquisadores. Há um ano, a estimativa era de R$ 3.585,05 (ABr).

Empregados da Embraco ‘devem lutar’ contra demissões

Uma delegação de trabalhadores italianos da Embraco, empresa brasileira da multinacional norte-americana Whirlpool, foi recebida ontem (7), no Vaticano, pelo papa Francisco. O encontro ocorreu antes da audiência geral e durou alguns minutos. O líder católico exortou os trabalhadores a “continuarem a lutar pela defesa de seus postos de emprego”.
Eles são funcionários de uma fábrica da Embraco em Riva presso Chieri, no noroeste da Itália, que será fechada pela Whirlpool. O encerramento das atividades da unidade de produção causará a demissão de 497 pessoas. “O Papa nos disse: ‘vocês devem lutar e ter fé também em sua luta, estou rezando por vocês’”, contou um dos trabalhadores.
Hoje (8), os dirigentes da Embraco se reunirão com o ministro do Desenvolvimento Econômico da Itália, Carlo Calenda, e com representantes sindicais para uma nova rodada de negociações. A fábrica produz compressores para refrigeradores das marcas da Whirlpool e, há 10 anos, empregava mais de mil pessoas. Hoje são apenas 530 funcionários (ANSA).

Entrada de dólares supera saída

Mais dólares entraram do que saíram no país no primeiro mês do ano. De acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados ontem (7), o fluxo cambial ficou positivo em US$ 8,063 bilhões, em janeiro. Em janeiro, o fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) registrou saldo positivo de US$ 5,527 bilhões.
O segmento comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações) ficou positivo em US$ 2,535 bilhões. Nos dois primeiros dias deste mês, o saldo também ficou positivo em US$ 1,228 bilhão, com entrada líquida de US$ 736 milhões pelo (ABr).