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Economia 06/07/2017

em Economia
quarta-feira, 05 de julho de 2017
Em 2015, o país tinha 5,1 milhões de empresas e outras organizações ativas, que empregavam 53,3 milhões de pessoas.

Brasil criou 11,6 mil novas empresas em 2015

Em 2015, o país tinha 5,1 milhões de empresas e outras organizações ativas, que empregavam 53,3 milhões de pessoas.

O Brasil ganhou aproximadamente 11,6 mil novas empresas e outras organizações ativas em 2015, um aumento de 0,2% em relação a 2014

O número de pessoal ocupado assalariado diminuiu 3,6% – menos 1,8 milhão de trabalhadores. Os dados fazem parte do Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgado ontem (5) pelo IBGE. Em 2015, o país tinha 5,1 milhões de empresas e outras organizações ativas, que empregavam 53,3 milhões de pessoas, sendo 46,6 milhões (87%) assalariadas e 7 milhões (13%), sócias ou proprietárias.
Em comparação com 2014, o número de sócios e proprietários caiu 0,1% no período, ou 7,7 mil pessoas. Também foi registrada queda no total de salários e outras remunerações (-4,8%) e no salário médio (-3,2%). É a primeira vez que o pessoal ocupado total e assalariado cai desde o início da série, em 2007. Os salários e outras remunerações totalizaram R$1,6 trilhão. O salário médio mensal foi de R$ 2.480,36 ou três salários mínimos.
Apesar da perda de empregos no ano passado em relação a 2015, a pesquisa mostra que entre 2010 e 2015, as empresas e outras organizações formais geraram 3,6 milhões de novos vínculos empregatícios, tendo passado de 43 milhões para 46,6 milhões de pessoas. As entidades empresariais representaram 90,4% do total de empresas do país, 75,3% do pessoal ocupado assalariado e 63% dos salários e outras remunerações.
Apesar disso, pagaram os salários médios mensais mais baixos (R$ 2.168,45). A administração pública pagou os salários médios mensais mais elevados (R$ 3.592,33). As entidades sem fins lucrativos totalizaram 9,2% das empresas e outras organizações e foram responsáveis por 6,7% do pessoal ocupado, 7,1% do pessoal assalariado e 6,5% dos salários e outras remunerações. Essas entidades foram as que pagaram melhor depois dos órgãos da administração pública (R$ 2.354,90).
A pesquisa indicou que a seção Comércio: reparação de veículos automotores e motocicletas figura desde 2010 como a atividade que mais concentra a maior parte de pessoal ocupado assalariado, e chegou a 9,1 milhões de pessoas em 2015. Indústrias de transformação aparecem em segundo lugar na variável pessoal ocupado total (15,4%) e salários e outras remunerações (17,6%). Devido à redução de 649 mil pessoas assalariadas em relação a 2014, caiu para a terceira posição em número de empresas (8,3%) (Abr)’.

25% dos brasileiros tiveram crédito negado em maio

Os cartões de crédito (35%) e os cartões de loja e crediário (16%) foram as modalidades mais usadas no último mês.

O Indicador de Uso do Crédito apurado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) revela que 25% dos brasileiros tiveram crédito negado no último mês de maio ao tentarem fazer uma compra a prazo ou contratarem algum tipo de empréstimo ou financiamento. A principal razão para a negativa foi o fato de estarem com o nome inserido em cadastros de inadimplentes (10%) ou a falta de comprovação de renda (4%).
Dado que reforça o comportamento mais restritivo por parte dos credores é que 46% dos brasileiros consideram ‘difícil ou muito difícil’ contratar empréstimos ou linhas de financiamento. Apenas 13% dos consumidores avaliam o processo como fácil. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a facilidade na obtenção de crédito nem sempre representa algo positivo para o consumidor.
“Crédito fácil e desburocratizado pode parecer algo positivo para quem precisa de dinheiro imediato para resolver um problema financeiro. Em muitos casos, porém, a contrapartida da agilidade e do crédito farto é a cobrança de taxas de juros muito elevadas. Nesses casos, se o consumidor não analisar a sua capacidade de pagamento, ele poderá ficar inadimplente e desajustar todo o seu orçamento”, alerta a economista.
De forma geral, seis em cada dez (58%) consumidores brasileiros não utilizaram nenhuma modalidade de crédito no mês de maio, como empréstimos, linhas de financiamento, crediários e cartões de crédito. O restante (42%), porém, mencionou ao menos uma modalidade a qual tenham recorrido no período. Os cartões de crédito (35%) e os cartões de loja e crediário (16%) foram as modalidades mais usadas no último mês. O cheque especial foi citado por 7% da amostra. Há ainda, 5% de consumidores que recorreram à empréstimos e 4% que buscaram financiamentos (SPC/CNDL).

Preços de commodities ficam praticamente estáveis em junho

Os preços das commodities, produtos primários com cotação internacional, ficaram praticamente estáveis em junho. O Índice de Commodities Brasil (IC-Br), calculado mensalmente pelo Banco Central (BC), apresentou queda de 0,02%, em junho comparado a maio. Em 12 meses encerrados em junho, o índice registrou retração de 4,63% e no acumulado do ano, de 3,94%. O IC-Br é calculado com base na variação em reais dos preços de produtos primários (commodities) brasileiros negociados no exterior.
O BC observa os produtos que são relevantes para a dinâmica dos preços ao consumidor no Brasil. No mês passado, o segmento de energia (petróleo, gás natural e carvão) registrou queda de 0,9%, enquanto o de metais (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel) subiu 1,68%. O segmento agropecuário (carne de boi, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne de porco) registrou queda de 0,35%. O índice internacional de preços de commodities CRB, calculado pelo Commodity Research Bureau, registrou alta de 5,04% em junho e de 1,65%, em 12 meses.
Ontem (5), o Banco Central divulgou os dados da entrada e saída de dólares do país no mês de junho. O resultado ficou negativo, ou seja, a saída superou a entrada em US$ 4,301bilhões (ABr).