Mercado financeiro prevê que economia crescerá 0,5% em 2017
O mercado financeiro voltou a prever crescimento econômico de 0,5% em 2017, após a divulgação, na última sexta-feira (2), de que o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, avançou 1% no primeiro trimestre deste ano Na semana passada, a estimativa das instituições financeiras para o crescimento do PIB tinha caído para 0,49%, sob efeito da crise política. Essa projeção é do boletim Focus, uma publicação elaborada pelo Banco Central (BC) e divulgada em Brasília às segundas-feiras. A projeção para a expansão do PIB em 2018 caiu de 2,48% para 2,40%. A estimativa para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passou de 3,95% para 3,90%. Para 2018, a estimativa permaneceu em 4,40%. Para as instituições financeiras, a taxa Selic encerrará 2017 e 2018 em 8,5% ao ano. Atualmente, ela está em 10,25% ao ano. A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação (ABr). |
Mais de 1,8 milhão de trabalhadores ainda não sacaram abono salarialTermina no dia 30 deste mês o prazo para o saque do abono salarial ano-base 2015. Segundo o Ministério do Trabalho, até ontem (5) mais de 1,8 milhão de trabalhadores ainda não retiraram o benefício. O número representa 7,58% dos 24,2 milhões de pessoas com direito ao saque e equivale a R$ 1,2 bilhão que não foram retirados. No total, já foram liberados R$ 15,7 bilhões. “Quem tem direito ao saque tem que ficar atento para não perder o prazo, porque os recursos não ficam acumulados de um ano para o outro”, disse o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Os trabalhadores podem consultar o site do ministério para saber se têm recursos disponíveis. Para isso, o trabalhador, munido do número do CPF e do PIS e da data de nascimento, pode acessar a opção Abono Salarial e na sequência clicar em Consulta Abono Salarial. O abono está sendo pago a quem trabalhou com carteira assinada por pelo menos 30 dias em 2015 e teve remuneração média de até dois salários mínimos. Poderá retirar o dinheiro quem está inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e a empresa ter informado os dados do trabalhador corretamente na Relação Anual de Informação Social (RAIS). O benefício está disponível nas agências da Caixa e do Banco do Brasil. A Caixa paga os trabalhadores da iniciativa privada, vinculados ao PIS. Quem tem o Cartão do Cidadão e registrou senha pode retirar o benefício em caixas eletrônicos e casas lotéricas. Quem ainda não tem o cartão deve se dirigir a uma agência da Caixa. O Banco do Brasil paga os servidores públicos, vinculados ao Pasep. “Se o trabalhador atende aos critérios, mas seu nome não consta entre os que podem fazer o saque, deve verificar se o crédito foi feito diretamente na conta. Se ainda tiver dúvidas, poderá ligar para o número 158, ou se dirigir aos postos da Superintendência Regional do Trabalho, além das agências da Caixa e do Banco do Brasil”, alerta o ministério (ABr). | Três de cada dez contratações são de jovensNo ano passado, de cada dez contratações, três foram de jovens com até 24 anos. De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, com base nos números do Caged, do Ministério do Trabalho, os pequenos negócios incorporaram ao seu quadro de trabalhadores 2,8 milhões de jovens, número 53% superior ao das médias e grandes empresas, que contrataram no período 1,8 milhão de pessoas nessa faixa etária. “Os pequenos negócios são uma oportunidade para o primeiro emprego. Muitas grandes empresas não têm interesse em capacitar um jovem, e são nas micro e pequenas que eles encontram a chance de começarem uma carreira”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. Ele ainda ressalta que a conquista do primeiro emprego torna os jovens mais felizes e preparados. “A falta de oportunidade de emprego cria no jovem um sentimento de frustração e de impotência, pois ele não consegue visualizar uma luz no fim do túnel”. O setor que os pequenos negócios mais incorporaram os jovens ao seus quadros de empregados foi o do Comércio, que assinou a carteira de 1,1 milhão de trabalhadores dessa faixa etária, e que corresponde a 40% do total de admissões do setor. Já os pequenos empreendimentos do setor de Serviços contrataram 954 mil pessoas desse grupo. O estado em que as micro e pequenas empresas mais contrataram jovens foi São Paulo, com 776 mil, seguido por Minas Gerais, com 338 mil, e Paraná, com 232 mil. De acordo com o levantamento do Sebrae, a faixa etária que mais teve contratações nos pequenos negócios foi a de 25 a 39 anos, com 47,5%, já as pessoas entre 40 e 64 anos corresponderam 21% das admissões, em 2016, por esse nicho de empresas. “Esse resultado era esperado, pois essa é a idade que os trabalhadores estão no auge a sua força laboral”, destaca Afif (Sebrae). |