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Economia 04/11/2015

em Economia
terça-feira, 03 de novembro de 2015

Xi Jinping garante que China crescerá 6,5% ao ano

Presidente da China, Xi Jinping.

O crescimento anual da China não será inferior a 6,5% nos próximos cinco anos, declarou o presidente Xi Jinping, afastando especulações sobre a desaceleração da economia do gigante asiático

De acordo com o mandatário, este ritmo de crescimento é necessário para se atingir as metas estabelecidas pela cúpula do país. A declaração de Xi veio após o Partido Comunista da China ter dado o aval para o plano econômico para 2016-2020. Nos próximos anos, Pequim espera dobrar o PIB e a renda per capita dos níveis de 2010.
O Partido Comunista prometeu que, com esse nível, os chineses terão um “crescimento econômico moderadamente alto” e serão autorizados a gerarem “até dois filhos”, acabando com a política de filho único, a qual vigorava há décadas. De acordo com a agência de notícias local Xinhua, a China pretende acelerar a abertura de vários setores de domínio estatal, como elétrico, petrolífero e de telecomunicações, além de tentar fortalecer o yuan para que o FMI inclua a moeda em sua cesta de reservas, a SDR.
Um dos objetivos da China para os próximos anos também é reduzir a desigualdade social e intensificar as reformas para que mais moradores de zonas rurais tenham acesso às oportunidades nas cidades. Nos últimos meses, analistas e investidores começaram a temer que a China não alcançasse sua meta de crescimento de 7%, gerando especulações no mercado financeiro e instabilidades.

Mercado volta a reduzir projeção do crescimento do PIB

A expectativa de retração do PIB em 2016 também foi alterada: de 1,43% para 1,51%.

A projeção de instituições financeiras para o encolhimento da economia este ano passou por mais um ajuste. Desta vez, a estimativa para a queda do PIB passou de 3,02% para 3,05%, informou o boletim Focus, do Banco Central (BC), com base em projeções do mercado financeiro para os principais indicadores da economia. A expectativa de retração do PIB em 2016 também foi alterada: de 1,43% para 1,51%.
Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve apresentar retração de 7%, este ano. Em 2016, projeção de queda da industria ampliou-se de 1,5% para 2%. A estimativa para o IPCA, este ano, foi ajustada de 9,85% para 9,91%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta, em 6,29%. Na semana passada, essa projeção estava em 6,22%.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo IGP-DI, que subiu de 8,42% para 10,11%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 8,34% para 9,59%, em 2015. A estimativa para o IPC-Fipe foi alterada de 9,66% para 9,86%, este ano. A projeção para a cotação do dólar, ao final deste ano, foi mantida em R$ 4. Para o fim de 2016, a projeção está em R$ 4,20 (ABr).

Emprego na indústria cai 1,7% em setembro

Brasília – Com a retração na atividade e o aumento da ociosidade, as indústrias brasileiras continuam demitindo, de acordo com os indicadores industriais divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O emprego recuou pelo oitavo mês consecutivo, ao cair 1,7% em setembro ante agosto. Na comparação com setembro de 2014, a queda foi de 7,9%. Já no acumulado do ano, o recuo do emprego foi de 5,5% ante os nove primeiros meses do ano passado.
A diminuição do mercado de trabalho atingiu a massa salarial e o rendimento dos trabalhadores. A massa salarial real teve redução de 1,6% em setembro ante agosto e caiu 8,2% ante setembro de 2014. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a massa salarial real teve queda de 5,3% ante o mesmo período de 2014.
O rendimento médio real caiu 0,3% em setembro ante agosto e teve redução de 0,3% em setembro ante o mesmo mês de 2014. No acumulado do ano, entretanto, o rendimento médio real, apresenta uma ligeira alta, de 0,2%, na comparação com os primeiros meses de 2014 (AE).