Entrada de empresas no país cai pelo 7º ano consecutivoA taxa de entrada de empresas vem caindo no país há sete anos consecutivos, chegando em 2016 a uma retração de 14,5%, o menor valor da série histórica iniciada em 2008. O comércio é o maior gerador de empregos e empresas. Foto: Fernando Frazão/ABr É o que revela a pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2016, que o IBGE divulgou, ontem (3), no Rio de Janeiro. Os dados indicam que, pelo terceiro ano seguido, o saldo no total de empresas ficou negativo em 2016, com queda de 1,6%, o equivalente a menos 70,8 mil empresas. Também o número de pessoal assalariado caiu 4,8%, o equivalente a 1,6 milhão de pessoas a menos. Foi a segunda queda seguida. O estudo mostra, ainda, que os salários e outras remunerações pagos por entidades empresariais somaram, em 2016, R$ 1 trilhão, com um salário médio mensal de R$ 2.328,03, o equivalente a 2,6 salários mínimos mensais médios. Apesar do número expressivo de empresas ativas no país, a relação da taxa de entrada e saída de empresas vem caindo. De 2015 para 2016, a taxa de entrada das empresas foi de 14,5%, o equivalente a 648,5 mil, enquanto a taxa de saída atingiu 711,9 mil empresas (16,1%). A pesquisadora do IBGE Katia Carvalho disse que, embora a taxa de saída de empresas até então ativas em 2016 não seja a maior da série histórica iniciada em 2008, as saídas vêm acontecendo sistematicamente. “Há vários anos a taxa de empresas entrando no mercado é inferior ao número de empresas ativas que deixam de existir. Ou seja, a gente nota a quantidade de empresas ativas caindo desde 2013, acompanhada também do total de pessoal ocupado, que tem sofrido queda, principalmente entre 2015 e 2016”, ponderou (ABr). | |
Medidas para aumentar concorrência ajudam a reduzir jurosCarlos Viana de Carvalho, diretor de Política Econômica do BC. Foto: Beto Nociti/Divulgação BC Agência Brasil As medidas do Banco Central (BC) para aumentar a concorrência no mercado de crédito do Brasil já começaram a surtir efeito, disse o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Viana, na abertura do ‘Seminário de Estabilidade Financeira e Economia Bancária do Banco Central’, ontem (3) em São Paulo. Viana citou medidas como o incentivo e a regulamentação de fintechs (empresas de inovação no setor financeiro), a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) para os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a flexibilização das aplicações dos recursos de poupança no crédito imobiliário, o incentivo ao uso do cartão de débito e portabilidade de conta salário. “Essas iniciativas já começaram a contribuir para a queda das taxas de juros do crédito no Brasil de maneira sustentável, e é importante que perseveremos nessa agenda”, afirmou o diretor. Durante o seminário foram discutidos temas para “atacar, de forma estrutural e sustentável, as causas que tornam alto o custo do crédito no Brasil”, como o custo operacional e regulatório, a escassez de boas garantias e o recolhimento compulsório. Caíram os pedidos de falênciaO número de pedidos de falência de empresas da capital paulista caiu 20,6% de janeiro a agosto, na comparação com o mesmo período de 2017, segundo levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) com base em informações dos cartórios da cidade. Foram registrados 200 requerimentos de falência no período, contra 252 nos oito meses iniciais do ano passado. “A queda pode ser resultado do início do processo de recuperação da economia, ainda que lento. Até 2014 acreditava-se em um vigoroso crescimento econômico, mas muitos negócios foram surpreendidos com a recessão que chegou ao País por volta de 2015. Contudo, de meados do ano passado para cá, o nível da atividade econômica começou a subir, dando algum fôlego ao empresariado”, comenta Alencar Burti, presidente da ACSP. O setor com maior diminuição do número de pedidos de falência no período foi o comércio (-27,2%), seguido pela indústria (-23,8%) e pelos serviços (-12,7%). Nos oito primeiros meses do ano, os pedidos de recuperação judicial caíram média 49,4% (de 85 para 43) na capital paulista no contraste anual, com destaque para o setor de serviços (-66%). No comércio e na indústria as retrações foram de 40% e 10,5%, respectivamente (AI/ACSP). | Reforço financeiro para projetos de turismoDuas instituições financeiras que operam linhas de crédito com recursos do Fundo Geral de Turismo (Fungetur) receberam reforço de caixa para ampliar a capacidade de atendimento à clientela do fundo. Um aporte de R$ 5,5 milhões foi enviado para a Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) e mais R$ 3,5 milhões foram encaminhados à agência de fomento do Mato Grosso (Desenvolve MT). “O repasse de recursos para as duas agências vai permitir o atendimento a propostas que já estão em análise e estimular mais empresas a buscarem financiamento para seus projetos de turismo”, comenta o secretário substituto de Estruturação do Turismo do MTur, Paulo Roberto André. Atualmente, tramitam na Desenvolve MT 19 propostas de financiamento para micro e pequenas empresas, entre hotéis, pousadas, restaurantes, agências de viagens e locadora de veículos. Consórcio responde por 28% da venda de automóveis no BrasilA procura por consórcio de automóveis continua a crescer no Brasil. Nos sete primeiros meses de 2018, o segmento foi responsável pela venda de 647 mil novas cotas. O número representa cerca de 45% do total dos negócios de consórcios e indica crescimento de 5,4% em comparação com o mesmo período de 2017, segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC). O aumento também é expressivo no número de contemplados. Ao todo, 327,8 mil pessoas tiveram a oportunidade de utilizar R$ 13,37 bilhões em crédito para comprar um veículo leve – valor que representa crescimento de 6,8%. Estas movimentações impactam diretamente no mercado, uma vez que 28% das vendas de automóveis no País ocorreram com o modelo de consórcio. “A flexibilidade e a segurança que o consórcio representa atraem cada vez mais brasileiros. O consumidor, recém-recuperado do período de instabilidade econômica, além de ficar mais seletivo, planeja melhor suas decisões financeiras e faz investimentos mais seguros. O consórcio surge, nesse cenário, como uma ótima opção, por reunir todas essas características”, destaca Luis Toscano, Diretor de Parcerias da Embracon. O número de emplacamentos até julho de 2018 mostra o reflexo do aumento da venda de consórcios de automóveis para o mercado. De acordo com os resultados apresentados pela Fenabrave, foram emplacados 1,3 milhões de automóveis, número 14% superior ao mesmo período de 2017. A “garantia de entrega do bem” é o principal atrativo pelo qual as pessoas procuram o consórcio, aponta pesquisa divulgada da ABAC. Fonte e mais informações: (www.embracon.com.br). |