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Economia 04/09/2019

em Economia
terça-feira, 03 de setembro de 2019
Petrobras temporario

Resultados da economia “inspiram cuidados”, mas há otimismo

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, disse ontem (3) que os resultados do país nos últimos meses inspiram cuidados, mas que há expectativa de retomada do crescimento a partir de setembro.

Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida. Foto:  Foto: Alan Teixeira/Macro Day BTG Pactual

A avaliação foi feita no Seminário Reformas para o Crescimento, em Brasília, organizado pelo Ministério da Economia e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O secretário lembrou que a produção industrial brasileira teve queda de 0,3% na passagem de junho para julho deste ano, o terceiro resultado negativo consecutivo.

A perda acumulada no período chega a 1,2%, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada ontem (3) pelo IBGE. “Os resultados de julho e agosto inspiram cuidados. Agosto é o fim de um período complicado na economia baileira. A partir de setembro teremos a volta de um crescimento um pouco mais sustentável de longo prazo”, disse, na abertura do evento. Ponderou que os desafios são muitos e a situação não vai melhorar “dia para a noite”. Para ele, o cenário fiscal, a baixa produtividade da economia e o cenário internacional “inspiram cuidado” e serão necessárias reformas estruturais para melhorar a situação.

O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, disse que a “prioridade zero” do governo é resolver a situação fiscal. Ele criticou a rigidez do orçamento, com a maior parte de despesas obrigatórias. Rodrigues também citou a necessidade de reformas estruturais envolvendo os “segmentos macro, micro, agrícola e administrativa”. O assessor econômico Regional para os Países do Cone Sul do BID, Fabiano Rodrigues Bastos, disse que o diagnóstico de que o crescimento das despesas obrigatórias precisam ser solucionado é acertado.

Ele também falou sobre a reforma da Previdência que passou a ser aceita pela sociedade. “Esse tipo de compreensão é essencial para que reformas como essa possam ter a tração que a reforma da Previdência teve”, disse. Bastos citou ainda outra reforma em andamento, a tributária. Para ele, já existe “uma percepção mais disseminada na sociedade” sobre a necessidade da reforma tributária também (ABr).

Conselho sugere incluir parques nacionais no PND

Turismo temporario

Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Foto:  Antonio Milena/ABr

Agência Brasil

O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos opinou favoravelmente pela inclusão das unidades de conservação: Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, Parque Nacional de Jericoacoara e Parque Nacional do Iguaçu, no Programa Nacional de Desestatização (PND), para fins de concessão da prestação dos serviços públicos de apoio à visitação, à conservação, à proteção e à gestão das unidades.

Nesse sentido, o conselho levou em consideração, entre outros pontos, o fato das concessões gerarem ações que podem melhorar a qualidade do serviço oferecidos ao público visitante e criem condições para o apoio ao trabalho de conservação, proteção e gestão dos parques nacionais, conferindo “aos projetos de relevo o tratamento prioritário previsto na legislação”.

O conselho observou também que as concessões permitirão ampliar as oportunidades de investimento e criação de emprego, estimulando o crescimento da economia nacional e a consequente a ampliação e melhoria da infraestrutura de serviços voltados ao cidadão.

Produção industrial cai 0,3% de junho para julho

Agência Brasil

A produção industrial brasileira teve queda de 0,3% na passagem de junho para julho, o terceiro resultado negativo consecutivo. A perda acumulada no período chega a 1,2%, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada ontem (3) pelo IBGE. A produção teve queda ainda maior na comparação com julho do ano passado (-2,5%). A indústria também acumula recuos de 1,7% neste ano e de 1,3% em 12 meses.

Entre as grandes categorias econômicas, a queda foi puxada pelos bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos (-0,3%), e pelos bens intermediários – os insumos industrializados usados no setor produtivo (-0,5%). Por outro lado, os bens de consumo tiveram alta no período e evitaram um desempenho pior da indústria no mês. Os bens semi e não duráveis cresceram 1,4% no período, enquanto os bens duráveis avançaram 0,5%.

Onze das 26 atividades industriais tiveram queda na passagem de junho para julho, com destaque para outros produtos químicos (-2,6%), bebidas (-4,0%) e produtos alimentícios (-1%). Entre as 15 atividades com crescimento, o principal destaque ficou com as indústrias extrativas, que tiveram alta de 6%.

Aumentou o lucro líquido da Caixa no primeiro semestre

Agência Brasil

O lucro líquido da Caixa cresceu 22,2% no primeiro semestre em comparação com o mesmo período de 2018. Segundo o balanço do banco divulgado ontem (3), de janeiro a junho, o lucro chegou a R$ 8,1 bilhões. No segundo trimestre, o lucro líquido teve alta de 21,6%, registrando R$ 4,1 bilhões. A carteira de crédito da Caixa, no entanto, foi reduzida ao longo dos últimos 12 meses.

Em junho, o banco tinha um saldo de R$ 682,4 bilhões em empréstimos, 1,9% menor do que o verificado em junho de 2018. A retração foi puxada por uma diminuição de 7,9% no crédito comercial para pessoa física e 30,7% no concedido para empresas. Por outro lado, houve aumento de 3,6% no crédito habitacional e 1,2% no para infraestrutura.

No ramo do crédito imobiliário, a Caixa detém 69% do mercado, com uma carteira de 452,3 bilhões, sendo que desses, R$ 176,1 bilhões são com recursos do FGTS. Em relação ao programa Minha Casa, Minha Vida, foram contratados R$ 17 bilhões. A taxa de inadimplência teve queda de 0,04 ponto percentual em comparação com o mesmo período de 2018, ficando em 2,46%.

IPC-S recua em seis das sete capitais pesquisadas

Agência Brasil

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou em seis das sete capitais pesquisadas na passagem de julho para agosto. A maior queda foi observada na cidade de Recife (-0,50 ponto percentual, ao recuar de 0,54% em julho para 0,04% em agosto).

Também registraram queda na taxa de inflação, as cidades de São Paulo (-0,13 ponto percentual, ao passar de 0,41% para 0,28%), Porto Alegre (-0,10, de 0,20% para 0,10%), Rio de Janeiro (-0,09, de 0,23% para 0,14%) e Belo Horizonte (-0,08, de 0,36% para 0,28%). Brasília teve queda de 0,42 ponto percentual na taxa e passou a registrar deflação (queda de preços) de 0,07% em agosto, depois de ter uma inflação de 0,35% em julho. Salvador foi a única cidade que teve alta: 0,07 ponto percentual, ao passar de 0,13% para 0,20%.