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Economia 03 a 05/02/2018

em Economia
sexta-feira, 02 de fevereiro de 2018
O Carnaval representa um grande potencial de consumo para os empresários brasileiros.

Carnaval deve mobilizar 72 milhões de consumidores

O Carnaval representa um grande potencial de consumo para os empresários brasileiros.

Levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que o Carnaval deve mobilizar mais de 72 milhões de consumidores em todas as capitais do país

48% dos brasileiros devem realizar alguma compra ou contratação de serviços para aproveitar os dias de feriado. Os que não devem consumir produtos relacionados ao Carnaval somam 27% dos entrevistados, enquanto 25% mostram-se indecisos.
De acordo com o levantamento, 32% dos entrevistados devem viajar a lazer na data, 27% pretendem viajar para a casa de parentes e amigos, enquanto 20% devem participar de eventos na própria cidade onde moram. Os que vão descansar em retiros espirituais somam 4%. Os locais de hospedagem mais comuns devem ser a casa de familiares e amigos (46%), hotéis e pousadas (23%) e apartamentos, sítios ou casas alugadas (14%).
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, além de fazer parte da cultura nacional, o Carnaval representa um grande potencial de consumo para os empresários brasileiros. “Se por um lado, o país inteiro está prestes a mergulhar em um longo feriado coletivo, por outro, a indústria do turismo e empresas de comércio e serviços comemoram o enorme alcance da data e se preparam para atender a uma demanda de consumo diversificada”.
De acordo com a pesquisa, a maior parte dos consumidores deve reduzir os gastos com o Carnaval ou mantê-los parecidos com os do ano passado. Quatro em cada dez (40%) entrevistados planejam gastar menos, enquanto 32% vão desembolsar a mesma quantia que em 2017. Os que pretendem aumentar os gastos somam 21% da amostra. O gasto médio do consumidor brasileiro com os dias de folia deve ser de aproximadamente R$ 847,35, cifra que sobe para R$ 969,10 entre os homens e para R$ 1.185,42 entre as pessoas das classes A e B (SPC/CNDL).

Orçamento de 2019 não tem como cumprir regra de ouro

Ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.

O Orçamento para 2019 não tem como cumprir a regra de ouro, que estabelece que o governo não pode se endividar para financiar despesas correntes, reafirmou o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Foi o próprio artigo da Constituição que introduziu a regra que prevê um mecanismo pelo qual o governo tem de pedir ao Congresso autorização para estourar o limite de endividamento a cada ano.
“O orçamento de 2019 não cumprirá a regra de ouro. O nosso déficit [primário] é déficit de despesa corrente, originada principalmente da Previdência. Para financiar esse déficit, o governo está tendo de tomar dívida. O governo está se endividando para pagar a Previdência”, declarou Oliveira, ao explicar o ajuste de R$ 16,2 bilhões no Orçamento deste ano. A partir do próximo ano, o Brasil entrará em uma situação parecida com a dos Estados Unidos, onde o Congresso discute periodicamente um teto para o endividamento público.
“Isso está previsto na nossa Constituição. O governo terá de fazer um pedido para o Congresso, a cada ano, para se endividar além da regra de ouro. Algo parecido com o que os Estados Unidos enfrentam com o debt ceiling [teto da dívida pública]”, acrescentou. Estabelecida pelo Artigo 167 da Constituição, a regra de ouro determina que o governo só pode emitir títulos públicos no mercado financeiro para cobrir despesas de investimentos ou refinanciar a própria dívida.
Para 2018, o Tesouro Nacional calcula que existe uma insuficiência de R$ 208,6 bilhões, que será coberta com a devolução de R$ 130 bilhões do BNDES ao Tesouro e outras medidas como a revisão dos restos a pagar, verbas de anos anteriores autorizadas para o exercício atual (ABr).

Varejo tem primeiro janeiro positivo desde 2014

O movimento de vendas no varejo da capital paulista cresceu em média 4,7% em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Foi o nono mês seguido de alta e o primeiro janeiro no azul desde 2014. A média foi registrada a partir das altas de 6,8% nas vendas a prazo e de 2,5% nas comercializações à vista.
“O resultado é animador e ajuda a recuperar a perda de janeiro de 2017, quando o movimento caiu 5%. Percebemos uma melhora no desempenho de vestuários, calçados e adereços, provocada pela elevação das temperaturas”, declarou Marcel Solimeo, economista da ACSP. Para ele, a tendência para os próximos meses é de crescimentos similares ao de janeiro.
“Mas é preciso destacar que a perspectiva para 2018, embora seja de alta, não será uma corrida de 100 metros rasos e, sim, uma corrida de obstáculos. Fatores como a votação da reforma previdenciária, possíveis alterações na política econômica norte-americana e a corrida eleitoral poderão impactar o humor dos mercados, o câmbio e os juros futuros, dependendo do que aconteça. E isso pode ter reflexos nas vendas, principalmente a prazo”, afirma Solimeo (ACSP).

Pedidos de falência caem 19,0% no acumulado em 12 meses

Os pedidos de falência caíram 19,0% no acumulado 12 meses (fevereiro de 2017 até janeiro de 2018 comparado aos 12 meses antecedentes), segundo dados com abrangência nacional da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Mantida a base de comparação, as falências decretadas subiram 8,8%, enquanto para os pedidos de recuperação judicial e recuperações judiciais deferidas1 foram observadas quedas de 20,2% e 17,8%, respectivamente.
Na comparação mensal os pedidos de falência caíram 29,2% em relação a dezembro de 2017. No sentido contrário, houve crescimento nas falências decretadas (54,2%), pedidos de recuperação judicial (31,8%) e recuperação judicial deferidas (32,3%). Como evidenciado pelos resultados acumulados em 12 meses, apenas as falências decretadas cresceram, enquanto os outros indicadores permanecem caindo.
Passado o período de intensa retração da atividade econômica, redução do consumo, restrição e encarecimento do crédito, entre outros fatores, as empresas apresentam sinais mais sólidos dos indicadores de solvência, fato que deve continuar, uma vez que o cenário econômico tem mostrado recuperação em diversos setores produtivos (SCPC).