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Economia 02/09/2016

em Economia
quinta-feira, 01 de setembro de 2016
As dimensões de crédito imobiliário e demanda mantiveram trajetória declinante.

Mercado imobiliário tem piores condições já registradas

As dimensões de crédito imobiliário e demanda mantiveram trajetória declinante.

As condições do mercado imobiliário atingiram em junho o pior nível do indicador da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe)

A pontuação média do Radar Abrainc-Fipe, em uma escala de zero (menos favorável) e dez (mais favorável), ficou em 2,2 pontos, registrando piso da série histórica, iniciada em 2004. O indicador lançado em julho deste ano tem dados que retroagem a janeiro de 2004.
O estudo combina quatro dimensões – ambiente macro (confiança, atividade e juros), crédito imobiliário (condições de financiamento, concessões reais e atratividade do financiamento), demanda (emprego, massa salarial e atratividade do investimento imobiliário) e ambiente do setor (insumos, lançamentos e preços dos imóveis) – com indicadores de cada uma delas.
Em relação a maio, houve queda de 0,1 ponto no indicador. Na comparação com junho de 2015, a retração chegou a 1,6 ponto. Para calcular o Radar Abrainc-Fipe, são reunidos dados do Banco Central, FGV e IBGE, entre outras instituições. Segundo a Abrainc, apesar de ligeira melhora no ambiente macro (alta de 0,1 na comparação de junho com maio), as dimensões de crédito imobiliário (queda de 0,3) e demanda (retração de 0,2) mantiveram trajetória declinante. O ambiente setorial manteve-se praticamente estável (queda de 0,02) (ABr).

Teto para gastos públicos deve ser prioridade do governo

Economista Raul Velloso, especialista em contas públicas.

A aprovação da proposta que define um teto para os gastos públicos deve ser a prioridade do governo Michel Temer. A conclusão é do economista Raul Velloso, especialista em contas públicas. Para ele, é isso que vai permitir ao governo tocar também outras medidas necessárias para estabilizar a economia. “É isso que vai dar uma âncora para ele poder trabalhar as reformas, principalmente a da Previdência”.
Velloso participou de uma discussão na Câmara dos Deputados que examina a proposta e defendeu que o presidente deve concentrar esforços na aprovação para dar um sinal de volta ao equilíbrio, mínimo que seja, na área fiscal. Ele destacou que, além da reforma da Previdência, o governo deveria também se dedicar à reforma trabalhista.
De acordo com o economista, Temer deve ter apoio político para seguir com essa agenda. “É expectativa geral. Não se esqueça de que o que está acontecendo é uma grande mobilização da sociedade, que os políticos perceberam e se envolveram. São todos sócios da empreitada, então não vejo como ele não ter apoio. Não é uma empreitada dele só. É de toda a sociedade e dos políticos que se juntaram a ele e fizeram o impeachment”.
Velloso informou que apesar das resistências de alguns setores à reforma da Previdência, o governo vai ter que mostrar que se ela não ocorrer o país sofrerá consequências graves. “Quanto melhor ele demonstrar isso, menos difícil será aprovar a reforma” (ABr).

Inflação pelo IPC-S perde força em agosto

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou agosto com variação de 0,32%, o que mostra desaceleração em relação aos demais resultados ao longo do mês. Na comparação com a última apuração de julho (0,39%), a taxa é 0,07 ponto percentual menor. No acumulado do ano, o índice atingiu 5,22% e, nos últimos 12 meses, 8,48%.
O levantamento é feito pelo Ibre/FGV, em Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. Dois dos sete grupos pesquisados apresentaram quedas: vestuário (de -0,06% para -0,12%) e despesas diversas (de 0,03% para -0,08%). Neste último, o resultado foi influenciado pelo custo dos bilhetes de loteria (de 2% para 0,0%).
Outros quatro grupos tiveram reajustes inferiores na terceira prévia do mês com destaque para educação (de 1,11% para 0,5%), sob o efeito dos ingressos para shows musicais que subiram mais devagar (de 12,02% para 6,53%).
Em saúde e cuidados pessoais, o índice passou de 0,67% para 0,50% e, entre os principais motivos para essa perda na velocidade de alta, estão os artigos de higiene e cuidado pessoal (de 1,57% para 0,62%). No grupo transportes houve elevação de 0,11% ante 0,18% e, neste caso, ocorreu impacto da queda de preço da gasolina (de -0,01% para -0,64%) (ABr).