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Economia 01/02/2018

em Economia
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
A população ocupada cresceu 0,9% em relação ao trimestre anterior e 2% na comparação com o último trimestre de 2016.

Taxa de desemprego no país fechou 2017 em 12,7%

A população ocupada cresceu 0,9% em relação ao trimestre anterior e 2% na comparação com o último trimestre de 2016.

A taxa de desemprego média de 2017 ficou em 12,7%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (PNAD Contínua), divulgados ontem (31) pelo IBGE

Esse foi a maior índice da série histórica, iniciada em 2012. Em 2016, a taxa havia ficado em 11,5%. Analisando-se apenas o último trimestre do ano, o nível ficou em 11,8%. A taxa do terceiro trimestre de 2017 havia ficado em 12,4%. Já a do último trimestre de 2016 havia sido de 12%.
O total de desocupados chegou a 13,2 milhões na média do ano, um aumento de 12,5% na comparação com a média do ano anterior (11,7 milhões). Já o total de ocupados ficou em 90,65 milhões, ou seja, 0,3% a mais do que em 2016 (90,38 milhões). O rendimento médio mensal habitual de todos os trabalhos subiu 2,4%, passando de R$ 2.091 em 2016 para R$ 2.141 em 2017. Já massa de rendimento habitual cresceu 2,6%, ao passar de R$ 184,3 bilhões em 2016 para R$ 189,1 bilhões no ano passado.
Analisando-se apenas o último trimestre do ano, a taxa ficou em 11,8%. O índice do terceiro trimestre de 2017 havia ficado em 12,4%. Já a taxa do último trimestre de 2016 havia sido de 12%. A população desocupada no trimestre (12,3 milhões de pessoas) caiu 5% (menos 650 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior (13 milhões), mas se manteve estável em relação ao último trimestre de 2016.
A população ocupada (92,1 milhões) cresceu 0,9% em relação ao trimestre anterior (mais 811 mil pessoas) e 2% na comparação com o último trimestre de 2016. Já o rendimento médio real habitual no trimestre (R$ 2.154) ficou estável em relação tanto ao terceiro trimestre de 2017 quanto ao último trimestre de 2016 (ABr).

Peru exigirá US$ 1 bilhão em indenização da Odebrecht

Peru exige reparação pela corrupção praticada pela empresa.

A Justiça do Peru anunciou que exigirá cerca de US$1 bilhão à construtora brasileira Odebrecht como reparação pelos danos e prejuízos causados ao país pela corrupção praticada pela empresa. De acordo com o procurador especial do caso, Jorge Ramírez, para calcular o valor foi considerado os três projetos desenvolvidos nos quais houve corrupção: o gasoduto sul peruano, a rodovia Chacas e dois trechos da rodovia interoceânica sul.
Ramírez lamentou que a empresa só tenha oferecido pagar US$66 milhões em indenização, o equivalente ao dobro do valor gasto em propinas. “Nós esperamos que a Odebrecht mude de atitude. Não é possível que eles ofereçam US$66 milhões como reparação civil. Eles têm que fazer uma reflexão”, disse o procurador. Por sua vez, o porta-voz da Odebrecht no Peru, Rodrigo Vilar, respondeu à proposta em nota e rebateu que o valor oferecido superaria a soma das indenizações feitas para os outros sete países com os quais a empresa fez acordos – Brasil, Estados Unidos, Suíça, República Dominicana, Equador, Panamá e Guatemala.
“Em todos esses países foram utilizadas para o cálculo da reparação metodologias alinhadas com práticas internacionais, baseadas, entre outros pontos, no valor dos ilícitos praticados, no valor das informações fornecidas para as investigações e a capacidade de pagamento da empresa. Considerando esses fatores, a média de indenizações ficou entre duas e três vezes a dos valores pagos ilicitamente”, explicou a empresa na nota. Segundo a denúncia da Procuradoria, o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski é acusado de ter recebido propinas milionárias em troca de concessões à construtora, enquanto ocupava cargos no governo e em empresas privadas (ANSA).

Setor público registra déficit de R$ 110,6 bilhões, o menor desde 2014

O setor público consolidado, formado pela União, os estados e municípios, registrou saldo negativo de R$ 110,6 bilhões nas contas públicas em 2017, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados ontem (31). O valor foi inferior à previsão do BC e o menor desde 2014. O valor corresponde ao déficit primário – receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros – e equivale a 1,69% do PIB.
“A arrecadação está tendo movimento de crescimento comparado com 2016 e 2017, o que leva a déficits primários menores. Também temos redução do aumento das despesas discricionárias, que da mesma forma leva a déficits primários menores”, disse o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha. Entre os gastos discricionários estão o financiamento de pesquisas científicas, a melhoria do ensino, a modernização de hospitais e a construção de estradas.
Em 2017, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro) apresentou déficit primário de R$ 118,4 bilhões. Os governos estaduais tiveram superávit primário de R$ 6,9 bilhões e os municipais, superávit de R$ 601 milhões. Em 2016, os municípios haviam registrado déficit primário de R$ 2,1 bilhões. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, tiveram superávit primário de R$ 362 milhões no ano passado (ABr).

Imóveis leiloados pela Caixa com até 74% de desconto

A Zukerman Leilões realiza no próximo dia 3, sábado, às 10h, no Maksoud Plaza Hotel, o leilão de 373 imóveis da Caixa Econômica Federal. As propriedades oferecidas são casas, apartamentos, espaços comerciais e terrenos – ocupados e desocupados – de Alienação Fiduciária, processo em que o bem é dado como garantia de crédito ao banco.
Os valores dos imóveis vão de R$ 55.221,20 (apartamento em São Bernardo, 79,04 m²) a R$ 2.986.364,14 (imóvel comercial em Mogi das Cruzes, 11.180 m²), e os descontos podem chegar a 74% abaixo da avaliação de mercado.
Todos os bens são do Estado de São Paulo, nos seguintes municípios: Arujá, Barueri, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba, Jandira, Juquitiba, Mauá, Mogi das Cruzes, Poá, Santana de Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Paulo, Suzano, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista.
Para participar do leilão, os interessados devem comparecer ao Maksoud ou se habilitar para participar remotamente pela plataforma on-line da Zukerman Leilões, realizando um cadastro prévio no site da empresa (www.zukerman.com.br).

Empresas inadimplentes cresceram 5,35% em 2017

As empresas inadimplentes cresceram 5,35% em 2017, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). As dívidas em atraso tiveram alta de 3,64% na comparação anual. Por regiões, no Sudeste, o número de empresas negativadas na comparação anual avançou mais do que em outras regiões: a alta foi de 7,37%. Em seguida, aparecem o Sul (3,18%), o Centro-Oeste (2,99%), o Nordeste (2,61%) e o Norte (2,23%).
Em termos de participação, o Sudeste concentra a maior parte do número de empresas negativadas, com 46,14% do total. O Nordeste, por sua vez, concentra 20,77%, enquanto o Sul aparece com uma fatia de 17,07%. Por setores, serviço lidera com maior número de empresas negativadas, com variação de 8,22%. Em seguida, aparecem comércio (3,42%), indústria (2,93%) e agricultura (-0,99%).
Quando se analisam os setores credores (para os quais as empresas devem), o maior avanço da inadimplência foi observado pela indústria (4,67%), seguida de serviço (4,12%) e comércio (3,24%). “Ainda há efeitos da crise, mas também há sinais de retomada da economia. Para este ano, espera-se que, à medida que os negócios se recuperem, o fenômeno da inadimplência desacelere”, avalia o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro (ABr).

Adega italiana aceita pagamentos em bitcoin

A adega “47 Anno Domini”, situada em Treviso, no nordeste da Itália, se tornará a primeira no país a aceitar pagamentos em bitcoin. O anúncio foi realizado pela empresa fintech “Triveneto Servizi”, de Veneza, e tem como principal objetivo “criar um ecossistema econômico paralelo”.
Além disso, a companhia quer introduzir pagamentos através da famosa moeda virtual para mais empresas na região do Vêneto. Os pagamentos serão feitos através dos aplicativos Wallet e QrCode, com um sistema próprio e que dispensará a mediação de outras plataformas comerciais.
“Tenho certeza que o bitcoin terá um ótimo futuro e, portanto, só vemos oportunidades onde os outros veem riscos”, disse Cristian Tombacco, presidente da vinícola “47 Anno Domini”. O ano de 2017 foi de intensa valorização da moeda virtual bitcoin, que, em dezembro, atingiu o recorde de US$ 19,7 mil (ANSA).