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Custo de vida desacelera em São Paulo

em Economia
segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

O custo para viver na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) desacelerou ao longo de 2023, é o que mostra o levantamento do Custo de Vida por Classe Social da FecomercioSP. A variação nos preços foi de 3,33% considerando o acumulado entre janeiro e novembro do ano passado, patamar abaixo dos 5,77% do mesmo período de 2022.

As camadas baixas da população foram as que mais perceberam a inflação modesta ao longo de 2023. Para a Classe E, os produtos e serviços subiram 1,9%, taxa que foi de 2,56% para a Classe D e de 3,29% para a C. Nos estratos superiores, ao contrário, a aceleração foi mais forte: a classe B viu os preços do seu consumo médio crescerem acima da variação geral, em 3,69% e, para a A, a alta foi de 4,26%.

A explicação para isso está, sobretudo, nos alimentos: outrora vilões do custo de vida, principalmente durante a pandemia, eles estão mais estáveis agora por causa dos bons resultados do setor agropecuário brasileiro, pela redução das commodities no mercado internacional e pela regularidade do clima no país. Como esse é o grupo de produtos que pesa no bolso dos mais pobres com intensidade maior, a desaceleração dos preços fez com que o custo de vida dessas famílias ficasse menos pressionado.

Pelos números da Federação, os preços dos alimentos se mantiveram basicamente os mesmos nos 11 meses de 2023 (0,1%) para a Classe E, ao passo que subiu 3,32% para a Classe A. Na média geral, o grupo subiu timidamente: 1,68%. A tendência de elevação de itens alimentares, notada nos últimos meses do ano passado, porém, é um fator preocupante. Mais ainda considerando que, na perspectiva da Entidade, mesmo com uma melhora geral da economia e de uma inflação menos acelerada, os preços continuam elevados (AI/FecomercioSP).