Pesquisa revela que a busca pelo termo na internet aumentou em 70%
Com a alta dos juros, os consórcios de imóveis são uma boa opção para adquirir a casa própria sem comprometer o planejamento financeiro. Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC), entre janeiro e julho de 2023, o segmento registrou uma alta de 19,8% na venda de novas cotas, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Outro fator que “enche” os olhos das pessoas, é o fato dos consórcios possuírem diversas opções de prazos que possam atender diferentes necessidades. O fato de muitos optarem por usar a restituição do Imposto de Renda e o FGTS para oferecer lances e quitar parcelas fez com que brasileiros decidissem aderir à modalidade.
Para o especialista Fernando Lamounier, diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios: “O consórcio é uma alternativa para o brasileiro que precisa se planejar para adquirir seus bens. As altas taxas de juros cobradas pelos financiamentos comuns afastam os consumidores dessa modalidade de crédito, ao passo que os consórcios, na maioria das vezes, trazem mensalidades que cabem no bolso do cidadão comum”.
Em julho deste ano, o número de participantes ativos em consórcios imobiliários foi de 1.562.239, um aumento de 19,9% quando comparado com julho de 2022. Sendo o tíquete médio, entre janeiro e julho de 2023, no valor de R$183.687.
Um levantamento feito pelo FinanZero, revelou que as buscas dos termos “consórcios”, “consórcios de casa” e “consórcios de carros” aumentaram cerca de 70% em um ano. Essa procura é visível no valor de créditos comercializados, tendo o consórcio imobiliário vendido ao todo R$15.638.134.034 em julho deste ano, um aumento de 62,7% quando comparado com o mesmo mês em 2022, segundo a ABAC.
Financiamento X Consórcio
Tanto o financiamento como o consórcio oferecem um valor de crédito para a quitação de um imóvel. Entretanto, as modalidades possuem particularidades que devem ser de conhecimento do brasileiro para que este decida qual opção se encaixa em seus objetivos.
No financiamento, a burocracia costuma ser maior uma vez que a liberação do valor é imediata e o pagamento posterior, fazendo com que a exigência de documentos e garantias sejam mais restritivas. No consórcio, o processo é ao contrário já que o consorciado paga primeiro as parcelas para após ser contemplado com a carta de crédito.
Em relação aos juros, no financiamento esses serão aplicados nas parcelas e variam conforme o valor da Selic, enquanto no consórcio não há aplicação de juros ou taxas. Entretanto, o que muitos não sabem é que os contratos de consórcios imobiliários preveem reajuste de valores, ou seja, em caso de valorização do imóvel, as parcelas poderão variar de preço no caso de pagamentos muito extensos.
Dessa forma, por possuir um processo menos burocrático que um financiamento imobiliário e não ter incidência de juros, muitos brasileiros viram no consórcio uma forma flexível de adquirir a casa própria.
“Para fugir do crescente endividamento, os brasileiros sentem a necessidade de buscar alternativas que possibilitem a realização de seus sonhos sem ônus para as finanças familiares. O mercado tradicional é muito complexo e excludente e o sistema de consórcios proporciona um maior poder de compra para a aquisição do investimento”, finaliza Lamounier.