A economia brasileira deve registrar crescimento de 4,9% neste ano, em comparação com 2020. A previsão para a expansão do PIB é da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em março, a entidade projetava uma expansão menor, de 3%. Essa revisão aconteceu porque os impactos da segunda onda da pandemia sobre a atividade produtiva foram menores do que o esperado.
“O maior otimismo, compartilhado pelos empresários industriais, decorre da queda na atividade menor que a esperada em resposta às novas medidas de isolamento social”, diz a CNI no Informe Conjuntural, ao acrescenatar que além de as medidas de isolamentos sociais terem sido menos rigorosas que as adotadas em 2020, as empresas estavam “mais preparadas para atuar em um ambiente de restrições à aglomeração de pessoas”.
Para o PIB industrial, a confederação projeta crescimento de 6,9%, neste ano. A projeção anterior era 4,3%. A estimativa para a inflação, pelo IPCA, é de 5,8%, contra a estimativa anterior de 4,7%. Segundo a CNI, a inflação deve ultrapassar o teto da meta para 2021 devido a um conjunto de fatores: “forte reajuste de preços administrados; repasse de aumentos de custos na fabricação de bens industriais; e pressões da alta dos preços internacionais e do câmbio sobre os preços de alimentos”. A CNI projeta que o déficit primário corresponderá a 2,1% do PIB neste ano. A previsão anterior era 3,3%.
A estimativa para a dívida bruta do setor público, indicador utilizado como referência para a capacidade de solvência do país, caiu de 90,9% para 82,3% do PIB. Quanto menor o endividamento em relação ao PIB, melhor a capacidade de solvência. A expectativa da taxa de câmbio na média de dezembro é de R$ 4,15 por dólar. “A moeda brasileira vai manter a tendência de valorização no decorrer do ano, em razão do aumento da confiança na economia brasileira e das exportações, entre outros fatores”, diz a CNI (ABr).