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Acampamentos turísticos cresceram 36% no Brasil

em Economia
sexta-feira, 18 de novembro de 2022

As restrições sanitárias que o Brasil adotou a partir de março de 2020 para tentar desacelerar a disseminação do novo coronavírus entre a população resultaram em mudanças comportamentais. Algumas foram sendo deixadas de lado à medida em que o tempo passava, mas outras parecem ter ganhado força, como o maior interesse das pessoas pelo chamado Turismo de Proximidade, caracterizado por viagens domésticas rodoviárias de até 300 quilômetros.

Identificada pelo Ministério do Turismo (MTur) e pelo IBGE ainda no ano passado, a tendência segue firme e se associa a outras duas práticas turísticas em crescimento no país: o campismo e o caravanismo. Segundo pesquisa feita por especialistas da UFSC e técnicos do MTur, o turismo de proximidade ajudou na retomada das viagens de lazer, enquanto a procura por trailers e motorhomes aumentou durante a crise sanitária, conferindo aos viajantes mais liberdade para estabelecer roteiros e cronogramas de viagem.

Os especialistas apontam que, após uma ação de sensibilização, o número de acampamentos turísticos registrados no Cadastur cresceu 36%, passando de 465 estabelecimentos para 632 entre dezembro de 2021 e o fim de junho de 2022. Os acampamentos turísticos e os estacionamentos aptos a receber campistas e caravanistas são considerados áreas de apoio fundamentais à estruturação dessas atividades turísticas.

E, mesmo que parte dos empreendimentos que se registraram no Cadastur durante os primeiros seis meses deste ano já funcionasse antes do Ministério do Turismo empenhar esforços para convencê-los a fazer isso, a conclusão de que houve um crescimento é corroborada pelo presidente da mais importante feira de campismo e caravanismo do Brasil, a Preview Expo Motorhome, Alexandre Boff.

Boff disse que, enquanto há dez anos os poucos fabricantes de motorhomes produziam cerca de dez veículos mensais, hoje há pequenos e médios produtores espalhados por todo o país e a produção mensal nacional passa de 500 unidades. Segundo ele, o interesse de parte dos brasileiros por essas verdadeiras casas sobre rodas cresce há décadas, mas ganhou impulso em meio à pandemia (Abr).