A economia venezuelana terminará o ano com uma inflação acumulada de mais de 2.000%, segundo cálculos do Parlamento local, de maioria opositora, que vê neste número recorde um reflexo da “maior crise política, social e econômica da história da Venezuela contemporânea”.
O anúncio, divulgado ontem (21), foi feito pelo deputado opositor Rafael Guzmán em um balanço econômico do ano, no qual revelou também que o PIB do país caiu 34% nos últimos quatro anos.
O Parlamento é o único poder do Estado venezuelano controlado pela oposição e a única instituição que publica cifras de inflação e outros indicadores econômicos perante a ausência de dados do governo e do Banco Central desde 2015. Segundo o Parlamento, a Venezuela entrou em hiperinflação em novembro, ao ultrapassar, com a marca de 57%, o limite de 50% de inflação que define este fenômeno.
“Nenhum país da região, nenhum país do mundo tem esta deterioração do aparelho produtivo”, disse Guzmán ao apresentar o balanço. Com esses índices, a Venezuela é o país com a maior inflação do mundo.
“A cada dia há menos empresas, a cada dia há menos postos de trabalho, a cada dia há menos salários dignos na Venezuela”, lamentou Rafael Guzmán (ABr/EFE).