A pandemia de coronavírus resultou em mudanças fundamentais de atitudes e expectativas entre trabalhadores e líderes, pois exigem alterações permanentes em como e onde trabalhamos, relações no local de trabalho e habilidades futuras, de acordo com uma nova pesquisa do Adecco Group, empresa líder mundial em soluções de RH, que acaba de divulgar os resultados do seu mais recente estudo, Resetting Normal: Defining the New Era of Work (Reiniciando o Normal: definindo a Nova Era do Trabalho), examinando o impacto esperado a curto e longo prazo da pandemia na redefinição das normas do local de trabalho.
A pesquisa foi realizada em maio, com 8.000 entrevistados que têm de 18 a 60 anos e trabalham em escritórios localizados na Austrália, França, Alemanha, Itália, Japão, Espanha, Reino Unido e EUA.
O CEO do Adecco Group, Alain Dehaze, diz: “o mundo do trabalho nunca voltará ao “normal” que conhecíamos antes da pandemia. A mudança repentina e dramática no cenário do local de trabalho acelerou tendências emergentes, como trabalho flexível, liderança de alto EQ (Emotional Quotient – Inteligência Emocional), e requalificação, a tal ponto que agora são fundamentais para o sucesso organizacional.
Como muitos países emergem da fase aguda de crise da pandemia, os empregadores têm a oportunidade de “reajustar” as práticas tradicionais do local de trabalho – muitos dos quais permaneceram praticamente inalterados desde a revolução industrial. Esta pesquisa destaca que as atitudes dos funcionários mudaram e as lacunas entre as expectativas da força de trabalho e os processos arraigados do mercado de trabalho foram expostas. À medida que entramos na nova era do trabalho, agora é a hora de estabelecer normas melhores, que permitirão uma força de trabalho holisticamente saudável, produtiva e inclusiva no futuro.”
A pesquisa revelou que o mundo do trabalho está pronto para um novo modelo “híbrido”, com três quartos (74%) dos trabalhadores pesquisados dizendo que uma mistura de trabalho remoto e baseado em escritório é o melhor caminho a seguir. O ideal universal de passar metade (51%) do tempo no escritório e metade trabalhando remotamente (49%) transcende geografias, gerações e status familiar. E os executivos da empresa concordam com isso, uma vez que quase oito em cada dez (77%) líderes C-suite disseram que as empresas se beneficiarão de maior flexibilidade.
Outra descoberta gritante pode sinalizar o fim do contrato com base em horas e a semana de 40 horas. Mais de dois terços (69%) dos trabalhadores são a favor do “trabalho orientado a resultados”, em que os contratos se baseiam na entrega às necessidades da empresa, em vez de trabalhar um número definido de horas. Uma alta proporção de executivos C-suite (74%) concorda que a duração da semana de trabalho deve ser revisitada.
A pandemia também exigiu um novo conjunto de competências de liderança e espera-se que essas expectativas acelerem a reinvenção do líder moderno. A inteligência emocional surgiu claramente como a característica definidora do gerente de sucesso de hoje, mas a lacuna de habilidades sociais é evidente. Mais de um quarto (28%) dos entrevistados disse que seu bem-estar mental havia piorado devido à pandemia, com apenas 1 em cada 10 avaliando seus gerentes como altamente capazes de apoiar sua saúde emocional.
De natureza semelhante ao trabalho flexível, as descobertas demonstram um apetite universal pelo aprimoramento em massa. Seis em cada dez afirmam que suas habilidades digitais melhoraram durante o confinamento, enquanto outros dois terços (69%) estão procurando por mais qualificação digital na era pós-pandemia. Uma ampla gama de desenvolvimento de habilidades foi identificada como importante pela força de trabalho, incluindo o gerenciamento remoto de funcionários (65%), soft skills (63%) e pensamento criativo (55%).
Os resultados destacaram, ainda, a importância de manter a confiança no novo mundo do trabalho. As empresas enfrentaram o desafio de apoiar seu pessoal durante a crise e, como resultado, a confiança nas empresas aumentou. De fato, 88% dizem que seu empregador atendeu ou excedeu suas expectativas ao se adaptar aos desafios da pandemia. E com esse aumento da confiança, surgem maiores expectativas.
Embora o futuro do trabalho seja uma responsabilidade coletiva, 80% dos funcionários acreditam que seu empregador é responsável por garantir um melhor mundo pós-Covid e redefinir as normas, em comparação com 73% que dizem que o governo é responsável, 72% que concordam que é uma responsabilidade individual e 63% que acreditam que estão nas mãos dos sindicatos. Faça o download do relatório completo em inglês: (https://www.adeccogroup.com/reset-normal/).
Fonte: Adecco Group.