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Transformando plástico em embalagem de alta performance

em Destaques
domingo, 12 de fevereiro de 2023

O consumidor que comprar os packs da cerveja Devassa, produzida pelo Grupo Heineken, leva para casa bebidas embaladas com um filme plástico que tem muita história para contar. O shrink, proteção plástica que reveste as latas da marca, é produzido a partir de resíduos pós-consumo, aqueles que já passaram pelas mãos do consumidor final em algum momento.

Uma parceria entre a cervejaria e duas grandes empresas nacionais – a Packseven e o Grupo Kapersul Waste Management (KWM) – é responsável pelo desenvolvimento de uma resina específica para a fabricação dessas embalagens flexíveis, resistentes e altamente sustentáveis. O Grupo KWM, que atua nacionalmente com gerenciamento de resíduos, logística reversa e economia circular, desenvolveu a linha de resinas uPCR, a partir do plástico que coleta em suas operações.

O uPCR pode substituir com segurança a resina virgem em uma gama variada de produtos. O projeto em larga escala para a cervejaria foi feito em parceria com a Packseven, que produziu o shrink personalizado com as especificações necessárias de tamanho, espessura, transparência, encolhimento e impressão. No caso do shrink da Devassa, o conteúdo reciclado representa 30% de todo plástico usado.

Ao utilizar uma resina de alta performance feita de plástico reciclado pós-consumo, a Packseven reafirma seu compromisso em proteger o meio-ambiente, reciclar aparas e eliminar resíduos. “Nosso intuito é inserir no mercado uma embalagem com menor pegada de carbono e maior apelo sustentável.

Desde a concepção dos produtos, é fundamental que seja considerada também a ampliação e eficiência da reciclagem. Essa solução é relevante para o cliente e faz todo sentido para a Packseven. Trabalhamos juntos para estimular o consumo consciente do plástico e o retorno dos resíduos à cadeia produtiva”, comenta Kléber Àvila, executivo da Packseven.

A resina PCR foi escolhida para acelerar a economia circular dos plásticos e colaborar com a atuação de cooperativas de reciclagem. O processo de produção a partir do PCR é capaz de aumentar a vida útil e a reciclabilidade do material contribuindo para a preservação do meio-ambiente.

“Metade dos resíduos vêm de cooperativas, tratando-se assim de pós-consumo residencial que deixa de ir para o aterro. A outra parcela é de resíduo pós-consumo industrial, resultado do próprio processo de gestão de resíduos do Grupo KWM”, explica Alessandro Gonçalves, Gerente Comercial da Plaskaper, unidade beneficiadora de plástico da KWM. “A origem do material é rastreada, comprovando-se ser um pós-consumo industrial e comercial legítimo”, acrescenta o executivo.

O resultado é um material leve, resistente que protege o produto em todas as etapas do transporte e de qualquer contaminação. Sem odor e com transparência, o filme plástico cumpre todas as exigências de segurança para embalagens secundárias de produtos alimentícios.

“A qualidade do produto nos surpreendeu muito”, comemora Adriana Oliveira Perina, gerente de produto da Packseven. “Fomos fazendo as primeiras amostras e o produto se comportou cada vez melhor no filme. É muito bom mesmo”, diz ela. O modelo mais sustentável do shrink reduz os impactos no planeta, atende aos desafios logísticos e às necessidades dos consumidores.

Os novos reciclados de alta performance possibilitam grandes marcas atingir metas mais ousadas de sustentabilidade, uma vez que apresentam as mesmas características dos recursos naturais virgens e permitem a fabricação com segurança, escala e velocidade de máquina.

A linha de resinas uPCR também é uma importante solução para o grande volume de resíduos plásticos que é descartado atualmente, ao dar destino nobre a esse material e permitir que empresas de diversos segmentos atinjam metas internacionais de sustentabilidade. “Ao usar menos resina virgem, consequentemente reduz-se a emissão de gases de efeito estufa, gasta-se menos água na produção e amplia-se o lastro da economia circular e da logística reversa”, acrescenta Alessandro Gonçalves.

A tendência é que em 2023 haja um avanço muito grande no uso do plástico pós-consumo. “É uma exigência do mundo que o Brasil precisa acompanhar. As grandes empresas têm metas bastante fortes para uma virada em grande escala na sustentabilidade até 2025. A Packseven assume o compromisso de firmar corpo nesse projeto e evoluir bastante esse ciclo de uPCR”, finaliza Perina. – Fonte e mais informações: (https://packseven.com.br/).