A cibersegurança, se aplicada com abrangência dentro da realidade operacional apresentada pela empresa, traz um universo de possibilidades estratégicas para o gestor e suas equipes de trabalho.
Visualizar o investimento na proteção dos dados armazenados internamente de forma ampla, deixando estigmas para trás, é uma movimentação bem-vinda para organizações alinhadas com o que entendemos de transformação digital nos dias de hoje. Certamente, sem uma política consolidada na segurança das informações, elevar o patamar competitivo do negócio torna-se um processo muito mais difícil.
É preciso pensar como o cliente. Afinal, você depositaria sua confiança no serviço ou produto de uma empresa que não demonstre nenhum nível de cibersegurança?
Em tempos de Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a evolução de práticas criminosas no que diz respeito a vazamentos, roubos digitais, entre outras atividades nocivas, ignorar essa vertente tecnológica pode colocar a integridade – e o próprio sucesso do negócio em cheque.
. Preparar estrutura de TI é fundamental – A base para que uma cultura orientada à segurança dos dados seja instaurada, sem dúvidas, é representada por um departamento de TI plenamente funcional, com os artifícios necessários para que os profissionais atuem com tranquilidade e respaldo técnico.
No mercado, existem alternativas voltadas para a automatização de etapas operacionais que lidam com o fluxo de informações, a exemplo de soluções de onboarding. É imperativo que os líderes se movimentem rumo a plataformas customizáveis, que se adequem às demandas apresentadas no âmbito interno, com modelos escaláveis que concedem uma abordagem adaptativa muito bem-vinda nos dias atuais.
Essa mudança, além de abrir portas para outras oportunidades referentes à atuação das equipes de trabalho, oferece insights valiosos para que medidas voltadas à experiência do usuário ganhem forma, potencializando as chances de uma fidelização.
. Consentimento, transparência e privacidade são pilares indispensáveis – Hoje, garantir uma jornada segura ao cliente é sinônimo de atender às exigências da LGPD, lei que teve sua vigência aplicada no último ano. Acompanhando uma tendência mundial, especialmente se tomarmos como parâmetro a legislação elaborada na região europeia, o projeto visa contemplar preceitos inquebráveis de consentimento, transparência e privacidade, tomando como objeto informações pessoais dos usuários.
Isso significa, em resumo, reformular a gestão de dados armazenados e manuseados, estabelecendo garantias de que o melhor sistema de cibersegurança será implementado. Sob a ótica legal, uma obrigatoriedade capaz de evitar punições severas. No aspecto comercial, um atrativo que pode sim ser configurado em um grande diferencial competitivo, o que nos leva ao último tópico.
. Reflexos para o relacionamento com o cliente – Na prática, com a criação de um ambiente digital seguro, capaz de acoplar todo o fluxo de dados da organização, o próximo passo repousa no modo que os profissionais utilizarão os insumos extraídos a partir dessa condição extremamente positiva.
Em soma ao diferencial de se contar com serviços resguardados, totalmente cobertos pelo respeito à legislação brasileira, surge a oportunidade de se fundamentar estratégias em escolhas analíticas, trazendo ganhos importantes de assertividade na comunicação externa.
Para finalizar, mais do que nunca, torna-se primordial que o gestor enxergue o assunto com o olhar dos consumidores, compreendendo que os tempos são outros, e o investimento em cibersegurança não pode mais ser postergado, por diversas razões – entre elas, a construção de um relacionamento transparente e proveitoso para as duas partes, sempre em prol da experiência do cliente.
(*) – É co-founder e Head de Operações da Nextcode. O executivo possui vasta experiência em Infraestrutura de TI e segurança de dados (www.nxcd.com.br).
