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Sete condutas para as micro e pequenas empresas aderirem ao ESG

em Destaques
terça-feira, 19 de abril de 2022

Nos últimos três anos, o termo Environmental, Social and Governance (ESG) vem ganhando força na agenda econômica e de negócios no mundo corporativo. As empresas precisam reavaliar o modelo de gestão e estreitar laços fortes e éticos com clientes, colaboradores e fornecedores, além da comunidade que a empresa está inserida.

Dentro desse contexto, as micro e pequenas empresas ficam na dúvida em como se adequar às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. Hoje, não existe um selo que assegure que um negócio atenda 100% aos requisitos ESG. No momento existem bússolas e ESGtechs que ajudam o negócio a se conectar com a pauta.

Os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), da ONU, que reúne os grandes desafios e fragilidades da sociedade podem ser um bom caminho para orientar as empresas que desejam entrar nesse mundo ESG.

Empresas grandes contratam consultorias para atender as condições de mercado. Já as micro e pequenas empresas podem planejar e direcionar seu negócio para os hábitos ESG, de forma simples e barata”, explica a analista do Sebrae Rio, Clarissa Perna.

Para orientar os pequenos negócios a aderir às práticas ESG, o Sebrae Rio listou sete condutas de baixo custo para que a empresa esteja alinhada com esse modelo de negócios e que num futuro próximo consiga medir seu impacto dentro da sociedade.

  1. – Respeito às leis trabalhistas – Verifique com seu contador ou um advogado de confiança se você pode afirmar que cumpre as leis trabalhistas e as demais que regem as relações com os funcionários, clientes e fornecedores.
  2. – Canal de denúncias – Veja se existe algum canal de denúncias ou reclamações (livro, rede social, fale conosco no site etc.), para que o seu cliente possa entrar em contato com você.
  3. – Práticas de diversidade – Você pensa nas questões relacionadas a diversidade na hora de contratar um colaborador ou uma colaboradora? Para além de um direito humano, estudos mostram que uma equipe mais diversa, promove melhores níveis de produtividade e inovação; Além disso, questões relacionadas ao preconceito de todas as naturezas devem ser abolidas do mundo dos negócios.
  4. – Uso eficiente de água e energia elétrica – Você acompanha mensalmente as variações de gasto com água e energia? Anote em uma planilha essas variações entenda como otimizar esses gastos de acordo com as sazonalidades. Acompanhe a evolução e veja como seria possível adotar práticas de como economizar.
  5. – Gestão de resíduos – Como você faz a gestão dos resíduos do seu empreendimento? Você tem práticas de separação do lixo? Faz a adoção de copos sustentáveis? Seu negócio utiliza sacolas plásticas, canudinhos? Há alguma alternativa?
  6. – Relação com a comunidade do entorno – Como a sua empresa se relaciona com a comunidade do entorno? Existem comunidades indígenas, ribeirinhas ou quilombolas por perto? Existe um canal de comunicação e queixas com a comunidade?
  7. – Proteção de dados e LGPD – A LGPD é para todos os tamanhos de negócios, todo pequeno negócio brasileiro estará sujeito aos requisitos, multas e demais penalidades da lei. Sua empresa lida com dados pessoais de clientes e fornecedores? Com que frequência? Se sim, procure um advogado e veja como se adequar a nova legislação.

“Hoje, o ESG ainda é um diferencial para negócios (de micro a grande porte), mas no futuro próximo será um critério padrão. Quem não se adequar, vai ficar para trás. Alguns bancos, inclusive, já têm métricas próprias para medir o impacto social ou ambiental de um negócio, definindo assim se este negócio está apto ou não para receber investimentos ou ter direito a determinadas linhas de crédito.

A questão é que, em um futuro próximo, quem não tiver essas práticas para melhorar o mundo, vai ter dificuldade de acessar determinadas linhas de créditos e financiamentos, além de ser um fator decisivo sobre a escolha de consumo de muitas pessoas.

Por isso, precisamos não só de instituições engajadas nessa agenda, mas também de indivíduos. A prática ESG diz menos sobre o futuro e mais de como a gente vive e sobrevive ao presente”, conclui Clarissa. – Fonte: Sebrae Rio.