A presidente da Sabesp, Karla Bertocco, descartou o risco de falta de água em São Paulo, apesar de os maiores mananciais do Estado contarem com reservas abaixo da metade das suas capacidades.
“O conjunto dos reservatórios está operando, na média, a 42%. Esse nível é absolutamente aderente ao momento de fim da estiagem que estamos vivendo”, afirmou, após participar, ontem (18), da cerimônia de abertura da 29ª Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente.
O nível de água dos reservatórios está abaixo da metade em quatro dos seis mananciais do Estado. Esse é o caso do Sistema Cantareira, que atende a região metropolitana e opera com 34,8% da sua capacidade. Há um ano, o Sistema tinha 54,5% da sua reserva. No início da crise hídrica, em 2014, ele chegou a marcar 8,6% neste mesmo período. Os outros mananciais que têm menos da metade das suas reservas hoje são: Alto Tietê (47,2%), Alto Cotia (44,8%) e Rio Claro (41,7%). Apenas dois reservatórios estão acima deste patamar: Guarapiranga (50,8%) e Rio Grande (77,6%).
A presidente da Sabesp observou que a estiagem durante os meses de maio, junho e julho foi intensa e provocou uma queda acentuada dos reservatórios de água, mas a situação começou a ser reequilibrada em agosto e setembro, quando as chuvas foram mais próximas dos níveis históricos. “Estávamos mais preocupados Agora, os reservatórios estão mais próximos da média”, disse Karla.
Diante dessa situação, a Sabesp descarta, neste momento, a concessão de bônus nas contas de água para incentivar a redução do consumo. Karla lembrou ainda que a companhia está focada em pagar os financiamentos que permitiram a realização de aportes de R$ 7 bilhões nos últimos três anos para expansão da rede de abastecimento de água e coleta de esgoto no Estado (AE).