Se as pautas ambientais já moviam lideranças mundiais e grande parte da população antes da pandemia do novo coronavírus, o “novo normal” que se desenha após a crise sanitária global de 2020 pede ainda mais comprometimento da sociedade civil, governos e empresas para a preservação do planeta.
Durante o período de isolamento social e de lockdown nas principais cidades do mundo mostrou a olho nu como a interrupção das atividades econômicas não essenciais beneficiou o meio ambiente: a poluição do ar diminuiu, rios como o Ganges na Índia, ou os canais de Veneza, na Itália, mostraram águas mais limpas e cristalinas.
Além disso, o desmatamento e seus consequente contato descontrolado de animais silvestres com seres humanos podem dar origem a novas pandemias, como já aconteceu com a SARS em 2002, e mais recentemente com a MERS, em 2012. Pensando neste novo cenário, empresas de todos os portes e segmentos podem começar a se preparar para repensar seus modelos produtivos e operacionais com foco na responsabilidade ambiental para um futuro próximo.
“Não é incomum que as empresas estimem que medidas ambientalmente corretas possam pesar em sua receita, mas, na verdade, acontece o contrário. Uma política sustentável alinhada a uma boa gestão dentro da empresa pode evitar muitos desperdícios, controlar o desperdício de matérias-primas e energia e até incrementar sua receita com retornos de resíduos a sua cadeia produtiva ou reciclagem”, explica Guilherme Gusman, CMO e sócio da VG Resíduos, startup especializada em softwares e soluções digitais ambientais para empresas.
Além dos aspectos ambientais e jurídicos, iniciativas socioambientais nas empresas também são fundamentais para engajar nichos cada vez mais exigentes quanto ao posicionamento das empresas junto à economia verde. Veja algumas medidas que podem ser colocadas em prática o quanto antes.
1- Faça uma auditoria interna – Avaliar se a empresa já está em plena conformidade com a legislação ambiental é um passo fundamental para provar seu compromisso com a sociedade e evitar punições jurídicas. Também é importante avaliar se seus fornecedores também estão em dia com as leis ambientais e sanitárias.
2 – Cuide da manutenção de equipamentos – Verificar se a manutenção do maquinário e equipamentos de trabalho estão em dia colabora para a diminuição do consumo de energia, água, combustível e outros insumos necessário para as operações da empresa. Considere também substituir máquinas obsoletas por tecnologias mais modernas e mais sustentáveis.
3 – Busque fornecedores locais – A pandemia mostrou como é importante encurtar a cadeia logística. Procure fornecedores regionais evitando que insumos e matérias-primas viagem longas distâncias, implicando na redução da emissão de carbono na atmosfera durante seu transporte.
4 – Adote a logística reversa – Adote um sistema de logística reversa para retornar seus produtos e embalagens após o uso de volta ao seu ciclo produtivo. Se sua empresa trabalha apenas com serviços, torne-se um ponto de coleta de materiais que impactam a natureza, como lixo eletrônico, pilhas, lâmpadas, óleo de cozinha e alimente outros elos da logística reversa e reciclagem.
6 – Faça parcerias com cooperativas – As cooperativas são as maiores responsáveis pela coleta de materiais recicláveis no país. Procure uma delas ou peça a indicação de catadores autônomos para avaliar e recolher os resíduos gerados em sua empresa.
7 – Considere fontes de energia renováveis – Fontes como a energia solar podem exigir um investimento inicial, mas que se diluído em longo prazo, gera uma economia de recursos e de energia consideráveis, além de poluir menos do que matrizes energéticas mais comuns.
Dica: Inicie um projeto de preservação. Procure ouvir a comunidade local sobre os projetos de preservação de áreas públicas. Muitas empresas adotam jardins, praças e outras áreas que precisam de conservação constante. Se possível, comece no próprio espaço da empresa e estenda a iniciativa ao entorno.
Fonte e mais informações: (www.vgresiduos.com.br).