Para vice-presidente do SERAC, a estratégia ajuda a reconhecer e reter colaboradores
A remuneração é uma ferramenta importante para a manutenção de colaboradores em qualquer empresa, mas ela pode ser trabalhada para potencializar alguns objetivos, como reconhecer o trabalho dos colaboradores e diminuir o turnover, contribuindo para a retenção da equipe.
De acordo com Carla Martins, vice-presidente do SERAC, é muito importante que as empresas avaliem a remuneração estratégica variável como uma ferramenta poderosa para reconhecer o resultado do trabalho de um colaborador ou da organização em geral. “Entendo que ela pode começar pelas empresas familiares. Existem muitos pais que dão salário fixo para os filhos, mas eu acredito na importância da remuneração variável. Se o filho se sente parte do negócio e pode ganhar mais, ele vai querer fazer dar certo. Além de tudo, é o sucessor do negócio, então por que não valorizá-lo?”, analisa.
No SERAC, a prática da remuneração variável começou em família, foi potencializada e levada para os colaboradores. “Nossos gerentes, por exemplo, recebem remuneração 100% variável. Os analistas recebem uma parte fixa e outra variável, que tem a ver com entregas, comportamento etc.”, explica Carla.
Ela acredita que cada pessoa na organização precisa ser responsável por ao menos uma parte da remuneração que recebe. “A remuneração estratégica é bem alinhada com a cultura e visão de cada empresa, então se você quer crescer muito em número de clientes, mas seu funcionário não ganha um real a mais com o cliente que conquista, mantém ou atende com excelência, para ele tanto faz. Na verdade, para ele é até pior porque vai trabalhar mais e não será reconhecido financeiramente por isso”, avalia.
Para a vice-presidente do SERAC, a remuneração variável estratégica pode ser usada por qualquer empresa como uma ferramenta para reduzir custos do RH ou fomentar o negócio. “Nós procuramos usar como um incentivo em diversos momentos, desde quando alguém faz indicações até quando conquista grandes resultados”, finaliza.