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Quer trabalhar fora? Mentor de negócios e carreira dá dicas para alcançar este objetivo

em Destaques
quarta-feira, 11 de março de 2020

Ter objetivos claros e conhecer as demandas do mercado são fundamentais
Ter uma carreira internacional é o sonho de muitos profissionais brasileiros. Seja a partir de uma transferência, ou por vontade pessoal, se planejar é fundamental, afinal, uma mudança de país envolve não apenas transformações no dia a dia de quem está indo, mas também de sua família. Segundo André Rezende, mentor de negócios e carreira, o primeiro passo para fazer a transição e alcançar o objetivo lá fora, é ter metas fortes.

“O mais importante, na vida profissional e pessoal, em geral, é termos metas e objetivos bem definidos e fortes, pois eles serão sempre os motivadores para seguirmos nas decisões. A partir daí, é necessário montar um planejamento, com expectativas realistas. Se é necessário aprender um outro idioma, por exemplo, a carreira internacional não pode ser uma meta para daqui a 6 meses, mas talvez para mais adiante”, exemplifica o profissional.

Autor do livro “O caminho da Liderança”, que narra a sua trajetória pelo Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, associando-o aos desafios do dia a dia, André tem vasta experiência na área de negócios e administração e traçou três aspectos fundamentais na hora de planejar a mudança de carreira para fora do país.

Domine o idioma

Na verdade, essa é a primeira regra para quem quer crescer profissionalmente, inclusive no Brasil. Mas é claro que, para morar e trabalhar em outra nação, saber se comunicar bem é fundamental. O idioma que ainda domina a maioria das empresas em qualquer lugar é o inglês, que pode ser falado nos mais diferentes países. Em geral, pessoas que estão em multinacionais por aqui e são transferidas já costumam falar a língua inglesa. Mas quem for sair por conta própria, precisa se preparar bem.

“Para facilitar a adaptação em outro país, dominar o idioma local é fundamental. Daí, o planejamento: há algumas línguas mais fáceis para o brasileiro aprender, como as latinas. Então, é possível pensar em uma mudança mais rapidamente para países como México, Espanha ou Itália, por exemplo, do que para o Japão ou China, que tem vocabulários completamente diferentes”, comenta André.

Certifique-se de que sua profissão possua demanda para uma carreira internacional

A dica aqui é mais para quem está planejando uma mudança do “zero”, ou seja, sem ser a partir de uma transferência dentro de uma companhia. Vale começar a fazer esta busca desde o Brasil e a pergunta a ser feita é: no local escolhido, há demanda profissional para a área desejada? Se sim, buscar vagas por sites especializados, como Linkedin, ou até agências de emprego pode ser um bom começo. Pensar em vagas em multinacionais que tenham filiais aqui também é uma forma de abrir o caminho para o exterior.

“Entrar em contato com pessoas do destino escolhido e que trabalhem na área pode ser uma ajuda para conhecer um pouco melhor as diferenças culturais no ambiente de trabalho e o tamanho do mercado para aquela profissão. Agora, percebendo que não há demanda para a profissão, vale pensar em novos destinos onde aquele trabalho é buscado”, afirma o especialista.

Fique de olho nas mudanças pessoais

Não dá para descuidar da vida pessoal, já que mudar de país e cultura terão impactos não só na vida do profissional, mas em toda a família, caso todo o núcleo decida ir junto. “É preciso estar atento, por exemplo, nas diferenças educacionais para os filhos (se houver), já que ano letivo é diferente no Hemisfério Norte, caso o país de escolha seja por lá”.

Há também a diferença de renda. Segundo o especialista, é incomum que ambos no casal sejam transferidos com empregos para fora. Ou seja: a renda de um dos cônjuges vai ser perdida na mudança e “raramente” o outro parceiro/parceira vai suprir a diferença apenas com seus rendimentos. “Se o casal estiver de acordo, isso não é um problema. A questão é estar sempre atento às alterações na renda e no estilo de vida para evitar frustrações que podem, inclusive, desgastar a relação familiar, que já estará vivendo um momento de mudanças”, comenta André.

(*) – Formado em Administração de empresas, pós-graduado em Gerência Financeira, Finanças Corporativas e MBA executiva em finanças, além de psicologia positiva, é consultor, palestrante e mentor de pessoas e negócios, com uma carreira focada em atingimento de objetivos e resultados.