Felipe Melo (*)
Entra ano e sai ano, e uma coisa não muda: ataques cibernéticos. Não à toa, segundo uma pesquisa da Cybersecurity Ventures, estima-se que, até 2025, esses crimes alcançarão US$ 10,5 trilhões anuais. Diante desse cenário desafiador, uma ação ganha destaque: investir em cibersegurança.
É importante destacar que a cibersegurança não se trata apenas de ferramentas e softwares, mas sim de um conjunto de ações e práticas que, quando integradas a softwares especializados, garantem maior proteção contra a exposição de dados e possíveis ataques.
Além disso, à medida que a tecnologia avança, novas ameaças surgem. Na prática, isso significa que os ataques estão se tornando, cada vez mais, sofisticados e traiçoeiros, o que reforça a necessidade de as organizações protegerem seus dados com soluções eficazes.
Com a proximidade de 2025, é certo que a transformação digital continuará avançando, com um protagonismo ainda maior de tecnologias, como a Inteligência Artificial. Assim, é fundamental conhecer as principais tendências de cibersegurança para o próximo ano. Listo aqui as quatro principais:
- – Zero Trust: essa estratégia de segurança parte do princípio de que as ameaças podem vir de dentro ou de fora. Sendo assim, o conceito prevê que todos os dispositivos ou usuários sejam autenticados e verificados, a fim de garantir maior segurança e controle.
- – Automação e uso da IA: o fator humano é considerado uma vulnerabilidade nas organizações. Por isso, ao investir em automação, é possível eliminar chances de erros que podem abrir margem para riscos.
Além disso, ao combinar essa iniciativa com a Inteligência Artificial, garante-se maior assertividade, visto que a tecnologia, quando treinada, consegue identificar anomalias e localizar padrões, permitindo a aplicação de medidas protetivas com antecedência.
- – Ambiente cloud e multicloud: manter a infraestrutura local aumenta o risco de perda de dados e informações importantes. Dessa forma, a gestão em nuvem se destaca como uma tendência importante de cibersegurança, pois eleva o nível de segurança com um ambiente seguro e monitorado 24 horas por dia.
- – Expansão da segurança para Deepfake: hackers estão constantemente aprimorando estratégias para cometer crimes. Entre essas ações está o uso de deepfakes, técnicas que sintetizam imagens e sons por meio da IA.
Diante de uma realidade em que diversas pessoas têm fotos, vídeos e registros de voz expostos, é necessário redobrar os cuidados. Um exemplo desse tipo de golpe ocorreu em uma multinacional chinesa, que sofreu um prejuízo de US$ 25,6 milhões (o equivalente a R$ 127 milhões) devido ao uso ilegal desta técnica.
Essas tendências têm em comum o fato de que, quando aplicadas em conjunto, ajudam a fortalecer as medidas de cibersegurança. No entanto, outro aspecto que as conecta é um dos grandes desafios enfrentados pelas organizações: conscientizar os colaboradores.
São eles que passam a maior parte do dia manuseando as ferramentas e, como mencionado, também são um ponto vulnerável. Isso ocorre quando não recebem instruções adequadas e o treinamento correto para utilizar os recursos, bem como para compreender o que deve ou não ser compartilhado.
Considerando esses aspectos, juntamente com as medidas que devem ser adotadas, contar com o apoio de uma consultoria é uma estratégia essencial. Mais do que implementar soluções de proteção, o time de especialistas ajuda a localizar pontos sensíveis e a aplicar uma política de segurança de acordo com o perfil do negócio.
O ano de 2025 deverá ser uma continuidade de tudo que vivemos até aqui. Na prática, isso significa que as ameaças continuarão fazendo parte do dia a dia das empresas, que deverão investir na área de segurança o quanto antes, a fim de garantir proteção e eficiência em um mercado que, sem dúvidas, continuará sendo competitivo. Aqueles que não estiverem prontos poderão ficar para trás.
(*) – É head de vendas do Grupo Inovage (https://inovage.com.br/).
