85 views 6 mins

Quais foram os hábitos que adquirimos durante o confinamento?

em Destaques
quinta-feira, 08 de julho de 2021

Há pouco mais de um ano, nossas vidas mudaram completamente. Nosso modus operandi foi abruptamente abalado pela pandemia, impondo novos comportamentos, formas de se comunicar e até de vestir: nossa forma de ver a vida simplesmente não voltou a ser a mesma.

Essa experiência de estar confinado, que para muitos foi extremamente difícil, também tem sido benéfica de certa forma, como revela uma pesquisa do Tiendeo, empresa especializada em hábitos de consumo, realizada com o objetivo de identificar os sentimentos da sociedade brasileira com relação às mudanças causadas pela pandemia.

O dano colateral do confinamento é inevitável, porém, ele também teve seu lado B, um mais positivo; pelo menos é isso o afirma a maioria dos entrevistados, já que 90% expressaram que os novos hábitos adquiridos pela pandemia foram bons, seja porque adotaram comportamentos mais saudáveis ou aprenderam algo novo que lhes permitiu melhorar como pessoa. Apenas 10% dos participantes consideram que seus hábitos têm sido piores, sendo o principal motivo a negligencia da sua aparência ou sua saúde.

A crise sanitária trouxe também um conjunto de hábitos que foram surpreendentemente bem recebidos e rapidamente adotados. Dos preguiçosos que tiraram o pó do tênis para se exercitar de forma prática em casa, aos que não tinham nenhuma intimidade com a cozinha e acabaram descobrindo o verdadeiro chef que tinham dentro. Das principais mudanças vivenciadas pelos brasileiros durante a pandemia, 46% dos entrevistados confessaram que começaram a economizar e a se preocupar em administrar melhor seu dinheiro.

Em um cenário marcado pela crise, as incertezas sobre a estabilidade da renda mensal e as limitações para atividades de lazer, como ir ao cinema, viajar ou até visitar restaurantes, causadas pelas restrições e fechamento de negócios, foram alguns dos principais fatores que os motivaram os brasileiros a assumir as responsabilidades de forma mais consciente sobre suas finanças pessoais.

Os hábitos alimentares também sofreram mudanças perceptíveis, sendo que 36% das pessoas reconhecem ter mudado consideravelmente sua alimentação durante a pandemia. Inicialmente, influenciados pelo pânico nas compras e, posteriormente, pela “fome emocional”, como uma forma de satisfazer sentimentos de saudade e lembrar de emoções agradáveis. A crise econômica também parece ter ditado algumas dessas mudanças, considerando a incerteza financeira que ainda persiste na vida dos brasileiros.

Outros 27% encontraram no confinamento a oportunidade para explorar seu lado criativo, experimentar coisas novas e sair da zona de conforto. Com a infinidade de cursos online que foram criados, alguns decidiram aprimorar suas habilidades técnicas ou linguísticas, se aventurando no mundo culinário ou empresarial, ou até começando novos hábitos de leitura.

O bem-estar físico e mental durante a pandemia foi prioridade para 18% dos brasileiros que, para se manterem saudáveis física e mentalmente, deixaram de lado a preguiça e passaram a praticar exercícios, adquirindo equipamentos específicos ou fazendo aulas de yoga e zumba online com influencers do mundo do fitness, através de suas redes sociais. Por outro lado, 10% dos brasileiros indicam que foram forçados a mudar seus horários.

As longas horas de home office e/ou o acúmulo de afazeres domésticos que muitos pais vivenciaram na nova rotina com toda a família dentro de casa, foram fatores que fizeram com que os horários de refeição ou descanso também desaparecessem. Por último, mas não menos importante, 9% confessaram que a mudança mais drástica que notaram foi com a higiene pessoal e cuidado com a sua aparência.

Ao reduzir as saídas ao mínimo, sem nenhuma gota de maquiagem ou perfume, somada à quase zero necessidade de comprar roupas para sair ou trabalhar, fizeram das roupas esportivas, pijamas e banhos ocasionais o pão de cada dia de muitos brasileiros. Como se fôssemos parte de um reality show, o isolamento, a solidão e o medo colocaram nossa natureza primitiva de sobrevivência à prova.

Descobrimos que não os mais fortes sobrevivem, mas os mais bem adaptados. Assim, experimentamos em primeira pessoa que, quando abraçamos a mudança, tudo o que em algum momento parecia inalcançável ou impossível para nós, passa a ser possível. – Fonte e outras informações: (www.tiendeo.com.br).