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Publicidade e Consórcio: cuidados para evitar dores de cabeça

em Destaques
sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Alguns vendedores enfrentam problemas quando o assunto é propaganda, pois não deixam claro o que estão oferecendo e acabam prejudicando a imagem da empresa.

Arthur Arakaki, advogado da Tuma & Chaves, escritório especializado em administradoras de consórcios, explica que o resultado de uma campanha publicitária nunca é previsível, pois existem vários fatores externos à empresa que não são controlados e que influenciam no desempenho da campanha.

“A criatividade da propaganda é essencial, mas deve ser monitorada e usada com muito bom senso para que pequenos problemas sejam evitados”, comenta Arakaki.
Para ajudar as administradoras de consórcios a evitar complicações, o advogado preparou algumas dicas que melhoram tanto o desempenho no processo criativo quanto na percepção social da campanha, contribuindo para um resultado mais eficaz.

. Cuidado com questões sociais e temas delicados – Hoje em dia, vários temas sociais têm sido abordados com maior frequência no mundo da publicidade. É comum que eles surjam, já que são questionamentos que aparecem na sociedade. Nesses casos, a comunicação cumpre o seu papel de abordar questões relevantes e atuais e, no momento certo, é interessante usar esses assuntos como oportunidade de vendas.

Porém, o que não pode acontecer é o uso indevido desses temas, pois são delicados e devem ser abordados de forma que não agridam nenhuma minoria. Por isso é sempre bom ficar atento aos acontecimentos recentes, principalmente no contexto social para não haver nenhum tipo de problema com a propaganda.

. Contar com uma visão externa – Outra questão que pode acontecer é a de que o grupo responsável pela propaganda esteja tão focado e imerso na produção que não consegue ter uma visão mais ampla. Por isso, é muito importante que durante a criação da campanha, várias pessoas estejam envolvidas e analisem, bem, todo o material que está sendo desenvolvido.

Um olhar vindo de fora é sempre bem-vindo, pois tem uma percepção diferente do que está sendo construído, evitando a influência de outras interpretações. É importante, também, apresentar para alguém que seja do público alvo para que eles possam opinar livremente sobre suas percepções e apontem as questões que não fazem tanto sentido

Por exemplo, caso a campanha do consórcio seja para comprar um carro ou uma casa, é importante conversar com alguém que queira comprar um carro ou uma casa para ver o que ele acha da campanha que está sendo construída.

. Cuidado com as redes sociais – As redes sociais são ótimas para criar um contato com o público alvo. Além de tudo, elas são versáteis, visto que existem diversos meios que atingem os públicos, alcançando engajamento diversos. Hoje em dia, por manter esse contato direto com o público, as administradoras têm usado muito a interação com o cliente, com o uso de fotos, vídeos, enquetes e até stories.

Ainda em redes sociais, as administradoras precisam entender que lidam com pessoas, e a opinião delas é sempre muito importante, pois elas acabam vendendo, também, cotas de consórcio e, por isso, as investidas na internet atingem maior alcance.

. Mensagem deve ser o mais clara possível – Também é muito importante ficar atento com a mensagem a ser passada. Caso ela não seja clara e objetiva o suficiente, as pessoas podem interpretá-la mal e pode trazer futuras complicações para as administradoras de consórcios e até para o vendedor.

Arakaki comenta que nem sempre os consumidores vão entender a ideia por trás da propaganda, mas mesmo que seja sua intenção manter o mistério, deve ser minimamente direcionada, para que aqueles que querem comprar as cotas pensem exatamente do jeito que a propaganda quer. É importante também ter cuidado com os duplos sentidos, pois eles podem trazer grandes problemas de interpretação.

. Cuidado com propagandas enganosas – Embora pareça algo simples, muitas vezes as administradoras não se dão conta de que querem muito convencer o cliente a adquirir a cota de consórcio, então acaba exagerando na hora de vender. Seja por meio de uma campanha com fotos e vídeos ou até mesmo em um processo de negociação.

Isso faz com que o cliente se sinta enganado, desacreditando na marca, podendo até mesmo fazer o uso das leis de proteção ao consumidor, gerando multas e processos para a empresa. Por isso é importante evitar exageros, seja nos adjetivos, nas promessas feitas, na forma como fala ou na maneira como faz a edição da parte visual. Cuidado para que a publicidade não confunda seus clientes.

Outro ponto notado nesse uso é a visão limitada ao que chamamos de uma fotografia de caixa, ou seja, a visão limitada do momento atual apresentado nos números. Não há como suporte a essa utilização uma proposta de orçamento ou uma análise mercadológica, ou uma análise de ponto de equilíbrio e identificação de margem de contribuição.

Às vezes esses usuários dizem que trabalham com “mark up”, mas a apresentação dos números nos leva a duvidar da afirmação. – Fonte e mais informações: @tumaechaves.