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Para pequenos ou grandes negócios, planejamento estratégico exige disciplina na execução

em Destaques
segunda-feira, 19 de junho de 2023

Líderes devem estar constantemente atentos às lacunas que prejudicam o desenvolvimento de suas empresas, de modo a alcançar as metas estabelecidas

Fazer com que uma empresa cresça ou seja autossustentável é um dos mais importantes desafios no campo dos negócios. Quanto mais sólida for, independentemente de ser grande ou pequena, mais apta está a empresa a enfrentar adversidades e manter sua rentabilidade. Contudo, não há fórmulas prontas que garantam aos empresários o sucesso em suas operações. Para Uranio Bonoldi, especialista em negócios, carreira e tomada de decisão, cada empreendedor precisa avaliar, dentro de sua própria realidade, os objetivos que desejam alcançar e os melhores caminhos a serem traçados, mantendo uma disciplina para execução de seu plano estratégico.

“Não importa se você tem uma multinacional, um pequeno café ou faz bolos na cozinha de casa para vender. O importante é ter visão do que chamamos da “situação desejada”, ou seja, que você saiba onde quer chegar com seu negócio. Se sua intenção é apenas mantê-lo como está e garantir renda sem um grande crescimento, isso vai demandar um tipo de estratégia. Se deseja expandir e conquistar novos mercados, serão necessárias outras estratégias. Tudo é válido”, pontua Bonoldi, autor de “Decisões de alto impacto: como decidir com mais consciência e segurança na carreira e nos negócios”.

Segundo o escritor, depois de definir onde se quer chegar, é preciso reconhecer de onde se está saindo, – ter a fotografia clara da sua situação no presente. “Olhe para o seu negócio e observe a sua realidade. Veja quais são seus pontos fortes e pontos fracos, note como está a sua posição no mercado e quais vantagens e desvantagens você tem enfrentado”. O que pode auxiliar esse processo é uso da matriz SWOT – em português, matriz FOFA – um método que analisa cenários a partir de quatro fatores: em inglês, Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats; em português: Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. “Com isso você vai saber onde estão as lacunas que podem impedir o alcance dos seus objetivos”, diz Bonoldi.

A partir de então, para se ter um bom planejamento estratégico, crie metas numa linha do tempo para que se possa, dentro de determinados períodos estabelecidos, avaliar o cumprimento ou não das metas e ajustar o plano. “É como subir um lance de escadas – não se sobe dez degraus de uma vez, mas um a um, num ritmo que esteja de acordo com suas condições. Isso vai garantir progresso contínuo, com menores riscos de regredir no processo”, opina. O escritor cita como exemplo um empresário que deseja exportar seus produtos. “O que ele vai precisar para conquistar o mercado externo? O que esses mercados exigem? Vai contar com apoio de algum escritório para as exportações? Vai ter um representante no outro país? Todas essas lacunas precisarão ser preenchidas, e conforme essas etapas forem resolvidas, mais próximo ele estará de seus objetivos”.

O planejamento estratégico, para Bonoldi, é relativamente fácil de ser desenvolvido. “Mas é necessário ter força de vontade para colocar tudo no papel e disciplina para acompanhar esse planejamento com regularidade”, esclarece. Mantendo um ritmo constante de reavaliações e análises, observando se será necessário mudar os planos ou simplesmente manter o que estava estabelecido, é possível maior sucesso na empreitada. “O planejamento não é um documento fixo, ele vai sendo remodelado conforme os objetivos vão sendo alcançados, o mercado mude, e até mesmo caso algo dê errado. Redefinir metas pode ser necessário. O empenho para a execução desse planejamento também é imprescindível. Quanto mais consistente for o esforço, com práticas periódicas que auxiliem no alcance das metas, melhor”, finaliza.

(Fonte: Uranio Bonoldi é palestrante e especialista em negócios e tomada de decisão. Atuou em grandes empresas como diretor e CEO. É autor dos thrillers da saga “A Contrapartida” e de “Decisões de alto impacto: como decidir com mais consciência e segurança na carreira e nos negócios”. Educado pelo método Waldorf, sua graduação e em seguida a pós-graduação em administração de empresas foi feita na FGV-SP).