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O custo invisível da falta de energia

em Destaques
sexta-feira, 02 de junho de 2023

Na Semana da Energia, é importante falar sobre o mercado de geradores de energia emergencial, o papel fundamental que exercem na garantia de fornecimento contínuo e confiável em momentos críticos e a democratização desse recurso para negócios de segmentos e portes variados.

A energia desempenha um papel essencial em nossas vidas, impulsionando o progresso e possibilitando o funcionamento de todos os setores da sociedade. Seja em nossas residências, indústrias, transporte ou infraestrutura, a energia é fundamental para o desenvolvimento econômico e social. Neste contexto, a Semana da Energia, que se encerra nesta sexta-feira, 2 de junho, destaca a importância desse recurso vital em todo o mundo.

É fácil saber quanto se paga pela energia. Tanto pessoas físicas quanto empresas, por exemplo, recebem mensalmente da concessionária o valor pelo uso no mês anterior. Mas quanto custa a falta de energia? Como mensurar todos os prejuízos quando falta energia?

Para exemplificar o impacto da falta de energia, pode-se pensar num hotel com 50 quartos, sendo que 20 deles estão ocupados. Se falta energia, quanto seria o prejuízo do proprietário? E quanto seria o prejuízo de quem está hospedado para viver uma experiência que depende obrigatoriamente da energia elétrica? Essa situação específica pode ilustrar como a falta de energia em larga escala, ou os apagões que ocorreram nos últimos anos, podem gerar prejuízos significativos para o país e sua população. Os custos são incalculáveis e afetam negativamente não apenas a economia, mas também a qualidade de vida das pessoas.

Diante desse cenário, os geradores de energia emergencial tornam-se imprescindíveis para suprir a demanda energética em momentos delicados, seja para garantir a produtividade, a conservação de estoques, a segurança em eventos ou, principalmente, em unidades hospitalares, onde a falta de energia pode representar um risco à vida das pessoas.

Luiz Antônio Trotta, especialista e energia e diretor administrativo do Grupo DCDN, destaca a relevância dos geradores de energia em momentos cruciais: “Buscamos uma geração para ficar no centro da carga, localizada na unidade consumidora. Vamos supor que uma empresa possua um projeto eólico, assim, ela é 100% sustentável. Só que ela depende do sistema de transmissão, ou seja, se der uma falha no sistema de transmissão, essa empresa vai ficar sem energia”, explica.

O papel do geradores na geração de energia emergencial
A energia emergencial consiste no fornecimento de energia elétrica em momentos de interrupção no abastecimento regular, por falhas na rede elétrica ou emergências, como apagões ou desastres naturais. O equipamento converte energia mecânica em energia elétrica e consegue suprir a demanda energética em momentos críticos, garantindo o funcionamento contínuo de equipamentos e sistemas essenciais.

Nos últimos anos, os geradores de energia emergencial se tornaram mais acessíveis, sendo amplamente utilizados por empresas de diferentes portes e segmentos. Anteriormente, esses equipamentos eram mais comuns em grandes indústrias e eventos de grande porte, mas devido aos avanços tecnológicos e à disponibilidade de opções mais compactas e eficientes, os eles já são utilizados por uma variedade de empresas, desde pequenos comércios, escritórios, hospitais e estabelecimentos comerciais de médio porte.

A energia no Brasil
Atualmente, cerca de 70% da energia gerada no Brasil provém de fontes hidrelétricas, como a usina de Itaipu e Belo Monte. No entanto, a construção de mais usinas hidrelétricas enfrenta desafios socioambientais e financeiros. Trotta explica que para a construção de mais usinas hidráulicas, seria necessário possuir mais reservatórios, gerando diversos custos. “Temos o custo social, pois famílias dependem daquela região e a possibilidade de inundação de áreas enormes; o ambiental, com a destruição de fauna e flora para criação dos reservatórios; e o financeiro, pois os reservatórios são equipamentos caros”, acrescenta.

Além disso, a energia hidrelétrica é vulnerável em crises hídricas, destacando a importância de diversificar a matriz energética. As energias eólica e solar surgem como alternativas, mas também apresentam desafios. A energia eólica é intermitente e dependente do vento, enquanto a energia solar depende exclusivamente da luz solar. Luiz Antônio ressalta que, embora importantes e necessárias, essas fontes de energia são instáveis e intermitentes, não oferecendo garantia de fornecimento constante.

Diante desse contexto, os geradores de energia emergencial desempenham um papel fundamental. Eles garantem um suprimento de energia localizado na unidade consumidora, independentemente do sistema de transmissão. Em momentos de interrupção no fornecimento de energia da concessionária, eles entram em ação automaticamente, fornecendo energia emergencial e evitando prejuízos para empresas e consumidores.

O custo invisível da falta de energia representa um desafio significativo para os negócios e população em geral. A dependência de fontes hidrelétricas, com suas limitações e custos associados, aliada à intermitência das energias eólica e solar, destaca a importância dos geradores de energia emergencial para garantir um fornecimento contínuo e confiável de energia em momentos difíceis.