Marcelo Simões (*)
Reduzir riscos é uma condição básica para a saúde financeira de qualquer tipo de empreendimento. Do ponto de vista das operações tributárias, isso não é diferente.
Estar em dia com o compliance fiscal é um objetivo comum a todas as empresas, uma vez que o descumprimento das legislações pode acarretar problemas indesejados para os negócios — tanto em termos financeiros como de imagem no mercado.
E em um ambiente de negócios complexo e volátil como o brasileiro, gerir com eficiência as entregas das obrigações fiscais é uma tarefa ainda mais desafiadora — assim como ainda mais determinante para o crescimento empresarial.
Atualmente, a complexidade do sistema tributário nacional já não é mais novidade no meio corporativo. A alta carga de tributos e as inúmeras normas que regulam as entregas demandam máxima atenção das empresas às constantes mudanças que são editadas na legislação.
Mas não só isso: é preciso modernizar a governança valendo-se das ferramentas tecnológicas que otimizam esse processo. O apoio especializado dessas soluções assegura não só o cumprimento das regras fiscais e tributárias, mas também otimiza todas as atividades do setor de compliance, trazendo mais dinamismo para a área e maximizando os resultados.
. O impacto das soluções tecnológicas no compliance fiscal – A tecnologia simplifica o manuseio de dados e permite a adoção em tempo real de estruturas de compliance mais recentes. Em certos ecossistemas — como o sistema tributário brasileiro — as políticas podem precisar de uma revisão com bastante frequência.
Com tecnologia adequada, acompanhar essas mudanças torna-se mais fácil. A tecnologia, portanto, desempenha um papel fundamental em facilitar processos que antes eram mais demorados e trabalhosos. Assim, líderes empresariais e gestores de departamentos podem utilizar esse tempo otimizado para outras tarefas de maior valor estratégico para o negócio.
Seja para realizar tarefas repetitivas, elevar a expertise da empresa, ou para mitigar riscos, as soluções tecnológicas proporcionam um favorável ganho estratégico na entrega das obrigatoriedades fiscais. O apoio de fontes especializadas vai além de assessorar — se trata também de gerar a garantia de que a organização está de acordo com todas as regulamentações.
Para qualquer empresa moderna, o compliance e a tecnologia precisam estar intimamente relacionados para reduzir os riscos de prejuízos jurídicos, financeiros e de produtividade.
. Investimento em tecnologia fortalece cultura de compliance – Para colher plenamente os benefícios dos avanços tecnológicos, os departamentos financeiros das organizações devem ter uma estratégia de compliance que priorize as atividades de supervisão e coordene os esforços da equipe, de modo que toda a empresa seja contagiada com o compromisso de aderir a princípios e normas de integridade.
Isso serve não só para o planejamento e execução das tarefas relacionadas à conformidade fiscal e tributária, mas também para instituir as melhores práticas de governança organizacional. Quando se trata de impostos, o uso da tecnologia é ainda mais importante por conta do nível de burocracia atrelado a essas atividades.
A tecnologia ajuda as empresas a alcançarem a conformidade, além de aumentar a transparência e a cooperação. Assim, os riscos financeiros e jurídicos associados ao possível não cumprimento das normas regulatórias são diminuídos significativamente. Os ganhos em eficiência e produtividade são inquestionáveis e, do ponto de vista operacional, a tecnologia economiza tempo e custos.
Para concluir, acredito que o investimento na contratação de plataformas fiscais e outras soluções relacionadas à gestão tributária do negócio é o caminho mais seguro e confiável para garantir o compliance nas operações tributárias.
O atual ordenamento jurídico brasileiro exige altos níveis de eficiência e controle das operações, e as empresas que contarem com o apoio de ferramentas especializadas encontram menos barreiras para serem bem-sucedidas em sua trajetória.
(*) – Graduado em Economia pela UEL, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV, é Diretor de Operações e cofundador da Comtax, especializada na área fiscal (https://comtax.com.br/).
