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Nova denúncia seria ato ‘melancólico’ de Janot

em Destaques
terça-feira, 05 de setembro de 2017

Líder do governo no Senado, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse ontem (5), que a apresentação de uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer seria uma “posição melancólica” do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

“Eu não sei qual é a denúncia que o Janot ia apresentar. Se ele tem consciência, se ele tem responsabilidade, se ele tem certeza, ele apresenta. Se ele não tem, eu espero que não seja uma posição melancólica e incorreta do Ministério Público como foi a primeira denúncia”, disse.
Segundo o senador, os fatos revelados por Janot levantam dúvidas em relação ao acordo de delação premiada dos empresários da JBS e mostram que a primeira denúncia apresentada contra Temer se tratou de uma “armação” de Joesley Batista para conseguir perdão aos crimes cometidos e não ir para a cadeia. Para Jucá, “há muitas coincidências que precisam ser investigadas”, especialmente em relação à atuação do advogado Marcelo Miller.
O líder governista afirmou que o ex-procurador atuou, enquanto esteve no MPF, não somente no acordo da JBS, mas também nas delações do ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, do ex-senador Delcídio Amaral e do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. O peemedebista é citado por todos eles e, ao todo, responde por 14 inquéritos no STF, a maioria deles em decorrência das investigações da Operação Lava Jato.
O senador também defendeu que o Congresso abra uma investigação independente do caso (AE).