Os NFTs (Non Fungible Tokens, ou Tokens Não Fungíveis) representam uma grande oportunidade de eternizar digitalmente a arte do futebol nesta Copa do Mundo e podem gerar inúmeras possibilidades de monetização e engajamento para marcas e artistas.
Além disso, as empresas que já se alinharam a essa iniciativa estarão melhor posicionadas para aproveitar a repercussão desse evento global, que deve atingir uma audiência de 5 bilhões de pessoas no mundo.
Essa é a avaliação da KPMG, conduzida a partir de dados do mercado e da publicação “Os NFTs como a nova oportunidade de negócios nos setores de Mídia e Esportes”.
De acordo com a consultoria, implementar estratégias de NFTs bem sucedidas pode gerar as seguintes oportunidades para as empresas: novas fontes de monetização para propriedade intelectual existente; acesso a um mercado massivo em crescimento de novos conteúdos.
Bem como, nova propriedade intelectual e brand stories; novas maneiras de interagir com usuários e atrair clientes na construção de comunidades; maiores incentivos para a participação e interação de fãs; melhoria na percepção da marca e aumento no compromisso dos clientes.
“Os NFTs são únicos pois os ativos digitais subjacentes podem ser propriedade dos criadores, controlados por eles, e transferidos entre consumidores. Nesse sentido, os NFTs estão se tornando o motor de desenvolvimento de comunidades que crescem organicamente em torno de conteúdos, experiências associadas e integração progressiva de ambientes físicos e virtuais.
A chave da prosperidade para a geração de negócios e o amadurecimento do mercado será fazer as marcas canalizarem a energia dessas comunidades, criando oportunidades em que fãs e consumidores participem. O sucesso empresarial no ecossistema de NFTs responderá a uma combinação diferenciada de conteúdos, comunidades e utilidades”, afirma Márcio Kanamaru, sócio-líder do setor de Tecnologia, Mídia, Esportes e Telecomunicações da KPMG no Brasil e na América do Sul.
A publicação destacou ainda que, de acordo com a DappRadar, o volume de negociação de NFTs ultrapassou US$ 23 bilhões em 2021, em comparação com vendas de apenas US$ 95 milhões em 2020, o que representa um salto de 24.000%.
Nessa mesma linha de crescimento exponencial, somente no primeiro semestre de 2022, mesmo diante do complexo contexto econômico atual, as vendas já ultrapassaram
US$ 20 bilhões. Sobre o número de usuários, em 2020 apenas meio milhão de wallets digitais operaram com NFTs, contra 28 milhões em 2021. Outro dado relevante é que, segundo a Kantar Ibope Media, 68% dos brasileiros conectados são fãs de futebol e entre eles, 44% são mulheres.
Para acompanhar os jogos e consumir conteúdo, os canais mais utilizados pelos torcedores são: transmissão ao vivo (73%); portais com conteúdo de futebol (48%); transmissões na Internet (38%); programas de resenha (24%); reprise dos jogos (19%); cartola (12%). A audiência digital da Copa do Mundo será muito relevante no Brasil, pois o futebol é uma paixão nacional há décadas, assistido por homens e mulheres de todas as idades.
“As empresas de mídia, esportes e games partem de uma posição privilegiada para aproveitar as oportunidades desta tecnologia indiscutivelmente disruptiva. Elas precisam projetar e aplicar uma estratégia de negócios de NFTs clara e orientada a impulsionar a participação de usuários com uma base tecnológica que suporte o negócio.
Essa estratégia deve adotar uma abordagem de gestão do portfólio dos ativos e de propriedade intelectual da empresa, sem descuidar de valores da marca, tributação, conformidade legal e gestão de riscos”, afirma Francisco Clemente, líder de Mídia e Esportes da KPMG no Brasil.
Ainda sobre o tema, a própria Federação Internacional de Futebol lançou a FIFA+ Collect, uma plataforma e coleção de NFTs construída sobre a rede da Algorand, a blockchain oficial da Copa de 2022. A coleção, anunciada em maio, trouxe aos milhões de amantes do futebol a oportunidade de possuir, colecionar, e eventualmente comprar e vender momentos icônicos da história da Copa do Mundo na forma de ativos digitais.
Estima-se que ativos digitais colecionáveis esportivos no mundo atinjam a marca de US$ 2,2 bilhões em 2022. – Fonte e outras informações: (https://home.kpmg/br/pt/home.html).