O presidente do Senado, Renan Calheiros, se recusou, ontem (13), a discutir prazos ou falar sobre o trâmite do processo de impeachment na Casa. De acordo com ele, é preciso aguardar para saber se o processo, de fato, será autorizado pela Câmara.
“Não sou cartomante ou quiromante para fazer previsões. Preciso aguardar os fatos para decidir, ou até mesmo não decidir, o que fazer”, disse.
Com a possibilidade de que os líderes de bancada pressionem por uma tramitação rápida, ou que os parlamentares sofram com a pressão pública das ruas, Renan também afastou a ideia de acelerar o processo por estas razões. “Aconteça o que acontecer, vamos agir sempre da mesma forma, em defesa do equilíbrio”, afirmou. A assessoria técnica do Senado prevê que, em caso de autorização da abertura do processo, o Senado possa votar até o dia 11 de maio o pedido de instauração com o consequente afastamento automático de Dilma.
Ele aproveitou para criticar partidos que tomaram a decisão de punir os que votarem de forma diferente da orientação partidária. Desde a última terça-feira (12), partidos como PP e PTB anunciaram posicionamentos em favor do impeachment. O PRB fechou questão com a mesma orientação, anunciando que punirá parlamentares. Já o PDT fechou questão contrária ao impeachment e também pretende punir ou expulsar quem votar de forma diferente (AE).