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Não adianta ter relatório se não tem votos, diz presidente de Comissão

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quinta-feira, 06 de junho de 2019

Depois de reunir a imprensa para fazer uma balanço da tramitação da Reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara, o presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), disse ontem (6) que a data de votação da proposta dependerá do ambiente político e do nível de acordo que for obtido para o texto.

“Não adianta ter o relatório pronto na comissão sem ter a perspectiva de alcançar os 308 votos no plenário. Minha função é preparar a matéria para votar. Não é minha função conseguir os votos para aprovação da matéria”.
Sem a presença do relator da reforma, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), na entrevista, Ramos não quis confirmar a apresentação do relatório para a próxima terça-feira (11), muito menos adiantar pontos do texto. Apresentado o relatório, há um prazo de 24 horas para ser lido na comissão. Feita a leitura do documento, é concedido pedido de vistas de duas sessões. A partir daí é iniciado o processo de debate.
Sobre se a votação deve ficar só para o segundo semestre, Ramos disse que tudo depende da articulação de quem quer adiar e de quem tem pressa na matéria. A tradição de quórum esvaziado na Casa, por conta dos festejos juninos, pode prejudicar o andamento da proposta. Avaliou ainda que a proposta não tem os 308 votos necessários para ser aprovada no plenário da Casa, mas que o texto construído pelos deputados deve ter mais força.
“Se eles calçarem as sandálias da humildade, vierem à Câmara, reconhecerem que não tiveram coragem de fazer suas reformas e pedirem aos deputados que ajudem fazendo o trabalho que eles não tiveram coragem de fazer”, afirmou. A pressão feita pelos governadores só atrapalha e aumenta a resistência de parlamentares a incluir estados e municípios no texto. Apesar disso, reconheceu que, com esse argumento, os prefeitos tem mais chances de sensibilizar os deputados (ABr).