O debate sobre a participação das mulheres em cargos de tecnologia precisa de respostas e soluções rápidas devido ao ambiente de mudança em que vivemos. O pivô digital torna-se crucial em termos de produtividade, pois, juntamente com as novas tecnologias, volta-se para o restante da economia para tornar seus processos mais eficientes, criar novos negócios e gerar empregos de qualidade e igualitários, aumentando sua participação no mercado de trabalho.
Embora durante anos o setor de tecnologia tenha sido liderado por homens, as tendências do setor mudaram e, hoje, o número de mulheres em posições de liderança cresceu. As perspectivas na América Latina são mais animadoras, embora ainda haja um longo caminho a percorrer.
Em 2016, a participação das mulheres no segmento era de 16%, e hoje está em torno de 30% de acordo com o último relatório da UNESCO, onde defendem que “a igualdade de gênero no emprego é um aspecto fundamental não apenas em questões econômicas, mas também para o desenvolvimento de processos de inovação dentro das empresas”.
Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria global de tecnologia Thoughtworks, dentre os profissionais de TI as mulheres já atuam em 31,7% dos cargos, e mesmo com o crescimento feminino no segmento, ainda existem muitas barreiras para se enfrentar.
Por exemplo: entre os pesquisados, 57% das pessoas iniciaram sua carreira na tecnologia em centro de ensino formal, mas ainda há um grande percentual dos que começam a aprender de forma livre; e em relação às mulheres, pessoas do sexo masculino possuem maior índice de escolaridade. Já dentro das organizações, em 64,9% dos casos, as mulheres representam no máximo 20% das equipes de trabalho em tecnologia.
Os principais cargos e áreas ocupados pelas mulheres nas equipes de tecnologia são: desenvolvedora, analista, gerência, project, tester e design. Esse percentual de cargos ocupados por mulheres no setor poderia crescer, pois não é por falta de capacitação pois, de acordo com a ATN (Associação Telecentro de Informação e Negócio), 36.300 mulheres formadas na área buscam colocação no mercado de trabalho.
A diferença também está presente na escala salarial. Segundo uma pesquisa salarial realizada pela Catho, em fevereiro deste ano, mesmo ocupando os mesmos cargos e com as mesmas funções, as mulheres chegam a ganhar até 34% menos que os homens. Em relação aos cargos de liderança, em todos os níveis as mulheres também ganham salários inferiores aos dos homens. Em funções como gerente e diretor, por exemplo, elas chegam a ganhar 24% menos que eles.
Mas algumas empresas de tecnologia já perceberam a importância de aumentar a participação feminina em seus quadros. Este é o exemplo da Softline, que atua em mais de 50 países oferecendo transformação digital e segurança cibernética e decidiu promover e aumentar a igualdade em sua equipe, mesmo que seus números se destaquem na região.
Neste momento, a empresa conta com 40% de mulheres em suas diferentes subsidiárias na América Latina, sempre garantindo que a capacidade de trabalho e o talento sejam o principal motivo de entrada em um cargo. Atualmente, a empresa conta com o programa Softline FemTech, que promove a liderança e a equidade das mulheres, por meio de palestras e participação como painelistas das lideranças da empresa.
“Este programa será reforçado em 2022 com novas iniciativas e atividades destinadas a destacar o papel das mulheres na indústria de TI na América Latina. Além disso, contam com um benefício de retorno gradual ao consultório para mães que já foi implementado na Argentina e, em breve, será implementado em outros países da região”, explica Miriam Strelczuk, diretora de marketing da Softline na América Latina.
Embora a participação das mulheres no setor de TI ainda seja menor que a dos homens, ela está aumentando e isso é perceptível no ambiente de trabalho. “Fui para uma escola secundária, onde me formei em ciência da computação. Alguns anos antes não aceitavam mulheres; quando entrei, apenas 5% dos alunos eram do sexo feminino. Lá aprendi a programar e comecei a conhecer esse mundo da tecnologia. Hoje isso já foi equacionado, muitas mulheres estudam carreiras de tecnologia e trabalham no setor, chegando até a se tornar grandes líderes”, diz.
E conclui: “Agora os desafios são outros, neste momento, é a participação de mulheres nos cargos mais altos como vice-presidente ou diretoras. Esse teto está cada vez mais alto e que será mais fácil para as novas gerações de mulheres alcançarem cargos de maior responsabilidade”. – Fonte e mais informações: (https://softline.com/).