O advogado do presidente Michel Temer, Antonio Claudio Mariz, afirmou ontem (20), na chegada ao STF, que acredita que a mudança no comando da Procuradoria-Geral da república, com a saída de Rodrigo Janot e a chegada de Raquel Dodge, vai colocar o Ministério Público “nos trilhos”.
A expressão é uma das usadas pelo governo federal como slogan para tentar destacar a recuperação econômica.
Para Mariz, ficou claro que havia “excessos” na conduta de Janot. “As razões do excesso eu não sei, houve sim. Denunciamos excessos e espero que agora haja o cumprimento dos deveres do MP de forma mais comedida, menos midiática e que efetivamente auxilie a justiça a aplicar o direito”, disse. Mariz afirmou ainda que o Ministério Público não “é justo ou injusto”, pois ele não tem o papel de aplicar a Justiça.
“Espero que o MP entre nos trilhos, volte aos seus trilhos. (O MP) Representa o fiscal do cumprimento da lei e vai atrás do justo. E quem julga é o juiz de direito num tripé entre defesa, MP, que acusa, e o juiz”, explicou. “São os trilhos que devem ser seguidos para que haja distribuição de justiça” (AE).