O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, negou que tenha sido picado pela “mosca azul” e tramado a derrubada do presidente Temer quando da primeira denúncia criminal enviada pela PGR.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o deputado disse considerar que os boatos partiram do próprio entorno do presidente. “Não fiz com eles o que eles fizeram com a Dilma”, se defendeu. “Como eles fizeram com a Dilma, talvez imaginassem que o padrão fosse esse”.
Segundo Maia, a relação entre os dois partidos está conturbada desde aquele momento, sendo agravada pelo assédio peemedebista a parlamentares que o próprio DEM estava tentando atrair, como é o caso do senador Fernando Bezerra, à época no PSB. Bezerra acabou migrando para a legenda de Temer.
A publicação diz ainda que o presidente da Câmara deixou claro seu descontentamento com o que considera ser um desrespeito por parte do partido de Temer e lembrou que foi ele quem segurou seu partido e o PSDB dentro do governo.
“Vou dizer claramente, sem nenhuma vaidade: se eu tivesse deixado o DEM sair com o PSDB, o Michel tinha caído.” Ainda segundo Maia, essa atitude pode ter impacto na disposição do partido em votar temas como a reforma da Previdência (AE).