O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, informou que duas medidas provisórias (MPs) que tratam de recursos para a área de segurança pública devem ser publicadas na próxima semana. Uma das medidas trará recursos novos “vultuosos” para a pasta e a outra definirá recursos previsíveis e carimbados para a segurança pública.
O ministro Jungmann explicou que os recursos novos serão repassados aos estados por meio de contratos de gestão, com metas de resultados como redução de índice de mortalidade, melhoria na formação dos policiais, fornecimento de dados hoje indisponíveis e a criação de corregedorias independentes para as polícias. Apesar de não revelar quanto será liberado, adiantou que cerca de R$ 230 milhões a R$ 250 milhões serão destinados à Polícia Federal, para aprimoramentos da estrutura e equipamentos.
Jungmann afirmou que a intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro já produziu resultados que podem ser comemorados, como mudanças no treinamento de policiais e reequipamento das corporações.
Comentou a prisão de mais de 150 pessoas em uma festa que supostamente teria sido organizada por uma milícia na zona oeste do Rio. Grande parte dos presos não tinha antecedentes criminais, mas Jungmann disse que, apesar disso, não houve exageros na prisão.
“Esses que não tinham antecedentes criminais precisam explicar o que estavam fazendo lá, em uma festa de milicia, em uma festa de bandido”.
Alertou que as autoridades brasileiras têm “prendido muito e prendido mal”, porque jovens que cometeram crimes como roubo e furto e sequer foram condenados formam grande parte da população carcerária do país, que já é a quarta maior do mundo. “Se o sistema penitenciário é controlado pelo crime organizado, e nós estamos jogando centenas de milhares de jovens nesse aparelho, somos gerentes de recursos humanos desse recrutamento” (ABr).