Apesar de reconhecer a necessidade dos ajustes promovidos pelo governo para reverter a crise, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) criticou a forma como vem sendo conduzido o processo. Na sua avaliação, os ajustes deveriam ter começado pelo que chamou de uma “animação econômica”, com a ampliação dos programas de concessões, da parcerias público-privadas e com o fortalecimento da relação com os investidores.
Só depois, apontou Jucá, é que deveria ser discutido o aumento de tributos e mudanças em benefícios trabalhistas. “O Governo começou cortando ou ajustando ou discutindo ou realinhando alguns direitos, alguns programas sociais, como se isso fosse a solução de algo que se buscava para resolver o problema, e não é. Esse é um pequeno componente do que tem que se fazer”.
Após garantir a recuperação da segurança jurídica, da credibilidade do governo e da previsibilidade da economia, disse Jucá, o Executivo deveria ter cortado o valor de contratos de custeio e a reduzido o número de ministérios. “O governo faria essa movimentação interna de cortes que está fazendo agora com um pouco de contingenciamento”. Em seguida, o governo discutiria o aumento de impostos e a repartição do sacrifício com o setor produtivo empresarial. Só então, avaliou Jucá, entraria em pauta a questão dos trabalhadores e de cortes ou ajustes em benefícios trabalhistas (Ag.Senado).