A JBS, a Marfrig e a Minerva fecharam, ao todo, 13 frigoríficos em 2015. A JBS liderou o processo de ajuste produtivo no País, paralisando abates em seis fábricas.
Segundo o presidente global da companhia, Wesley Batista, a decisão foi motivada por um cenário “mais difícil em termos de exportação e também de oferta de gado”. A declaração foi dada a analistas do mercado financeiro durante teleconferência em inglês a respeito dos resultados trimestrais da empresa. A JBS Mercosul possui 53 unidades industriais no Brasil, mas o executivo não informou quantas continuam em operação e nem quantos funcionários foram demitidos.
Já a Marfrig informa que fechou cinco fábricas no País em 2015, reduzindo em 29% a sua capacidade instalada. Apesar dos fechamentos, a companhia diz que não reduziu o volume de produção, tendo realocado a demanda por carne bovina em outras fábricas para aumentar o uso da sua capacidade instalada, que ultrapassou 95% nas últimas seis semanas. O fim das atividades nas fábricas também foi motivado pela menor oferta de bois e fez a empresa demitir 2.346 pessoas. Incluindo o programa de ganho de eficiência implementado pela Marfrig, o número de demitidos sobe para 4.453 trabalhadores.
Por outro lado, a Minerva encerrou abates em duas unidades no Brasil este ano, mas diz que a decisão integra um replanejamento estratégico da companhia no País e não está relacionado à menor disponibilidade de bois no mercado. “Achamos que valeria a pena concentrar a produção em outras plantas que estavam com alguma capacidade ociosa e descontinuar, ainda que temporariamente, duas unidades”, afirmou o diretor financeiro da companhia, Edison Ticle (AE).