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Há avanços no combate à inflação, mas persistem riscos para 2016

em Destaques
sexta-feira, 24 de julho de 2015

Mesmo com alguns resultados positivos inegáveis, acontecimentos recentes mostram que existem novos riscos para o resultado da inflação em 2016.

Isso pode afetar as expectativas de inflação no longo prazo, disse o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Luiz Awazu Pereira da Silva.
A diretoria do BC tem dito que a inflação deve convergir para a meta de 4,5% em 2016. Neste ano, no entanto, o BC projeta a inflação em 9%, bem acima do limite superior da meta, de 6,5%. Luiz Awazu destacou que o país passa por um processo de alinhamento dos preços livres e administrados. Recentemente esse duplo ajuste de preços influenciou a inflação no primeiro semestre, aumentando a inflação em 12 meses. Com isso, as expectativas de mercado da inflação ainda estão acima da meta no final de 2016.
Para ele, há sinais positivos da convergência da inflação para 4,5% no próximo ano, mostrando que o BC está no caminho certo. “No entanto, o progresso até agora na luta contra a inflação precisa ser equilibrado contra riscos recentes que ameaçam nosso objetivo central”, disse. O diretor acrescentou que o BC deve permanecer cauteloso no momento atual. A Selic já passou por seis altas seguidas e está atualmente em 13,75% ao ano. A próxima reunião do Copom, que define a Selic, está marcada para terça (28) e quarta-feira (29) (ABr).