O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou que os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) liberem as rodovias interditadas por caminhoneiros que fazem paralisações.
O ministro também anunciou que serão aplicadas multas aos manifestantes que fecharem as estradas. “As multas são altas, de mais de R$ 1,9 mil, para que sejam aplicadas de pronto. No caso de interdição de estradas, já determinamos à PRF que atue através do efetivo necessário para que possamos desobstruir estradas e garantir que aqueles caminhoneiros que queiram trabalhar tenham a sua liberdade de ir e vir inteiramente assegurada”, disse Cardozo.
Segundo o ministro, o movimento é político e não apresentou uma pauta de reivindicações para ser negociada com o governo. “Não podemos admitir que um movimento político, sem nenhum viés de reivindicação para a categoria dos caminhoneiros, possa trazer prejuízo à sociedade brasileira, possa trazer, apesar de sua baixa intensidade, qualquer consequência e dano para quem quer que seja”, afirmou.
De acordo com o último boletim da PRF, os caminhoneiros fazem 27 interdições em oito estados: Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.
Segundo o líder do Comando Nacional de Transporte, Ivar Luiz Schmidt, o movimento quer a saída da presidenta Dilma Rousseff da Presidência e conta com o apoio de grupos como o Movimento Brasil Livre e Revoltados Online. O líder dos caminhoneiros reclama ainda da falta de diálogo com o governo e da demora em dar início à negociação. O movimento pede que o governo atenda à pauta apresentada em março e criticam a atual situação econômica do país (ABr).