Sem conseguir arrecadar recursos para bancar investimentos e até despesas operacionais, as estatais federais geraram um custo de R$ 20,175 bilhões ao Tesouro Nacional no ano passado, segundo boletim divulgado ontem (29), pelo órgão.
O documento é um dos que serão entregues à equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro para balizar o processo de transição.
A maior parte dessas despesas ocupa espaço dentro do teto, e um corte nesses gastos poderia abrir caminho a repasses a outras áreas prioritárias. Ao todo, 18 estatais que dependem do Tesouro para bancar inclusive suas atividades operacionais. Muitas são empresas pequenas ou médias, que muitas vezes passam ao largo dos debates sobre empresas estatais, mas que geram um fluxo permanente e crescente de gastos para o governo federal.
A atual equipe econômica vai fazer uma série de sugestões para o grupo liderado pelo economista Paulo Guedes para equacionar a situação das estatais, como continuidade de programas de demissão voluntária (PDVs), reestruturação de empresas e privatização, que é uma das promessas de campanha de Bolsonaro por meio de seu guru econômico.
Para este ano, a expectativa é que esse custo das estatais também fique em torno de R$ 20 bilhões, o que é um valor significativo diante do Orçamento cada vez mais apertado e da necessidade de reduzir o déficit nas contas. Parte significativa do custo se dá por meio de subvenções, como são chamadas as despesas com custeio e salários de empregados. Isso significa que essas empresas não geram receitas sequer para bancar suas atividades operacionais e dependem do dinheiro do Tesouro para manter suas atividades (AE).