O filho do ex-deputado Fernando Diniz, o economista Felipe Diniz, contrariou a versão levantada pelo presidente da Câmara,
Eduardo Cunha e, em depoimento para a Procuradoria-Geral da República (PGR), negou que tenha ordenado depósito de 1,3 milhão de francos suíços, em 2011, em um fundo na Suíça que tem Cunha como “usufrutuário”, na definição do próprio deputado.
Cunha alegou que o montante foi depositado “à sua revelia” em 2011 pelo lobista João Henriques, que era ligado ao PMDB e foi preso na Operação Lava Jato. O presidente da Câmara disse suspeitar que o depósito referia-se ao pagamento de um empréstimo feito por ele ao ex-deputado Fernando Diniz, do PMDB, morto em 2009.
À PGR, o filho de Diniz confirmou, em depoimento prestado no dia 20 de outubro, que seu pai mantinha uma relação próxima a Cunha, mas disse desconhecer a existência de qualquer empréstimo. O advogado do economista, Cleber Lopes, confirmou à reportagem o teor do depoimento de seu cliente e afirmou que a versão apresentada por Cunha “não convence ninguém” (AE).