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Empresário lista 8 erros comuns ao começar a investir

em Destaques
quinta-feira, 02 de setembro de 2021

Apesar da crise financeira intensificada pela pandemia, o ano de 2020 marcou a entrada de milhares de brasileiros no mundo dos investimentos. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o número de pessoas físicas em investimentos saltou 13,4% no ano passado.

Para quem acompanha esse fenômeno com empolgação, mas ainda não conseguiu começar a investir, algumas dicas são importantes. Ao entrar no mercado financeiro, o investidor precisa saber onde está pisando para obter aplicações rentáveis. Mas, antes disso, é necessário evitar equívocos comuns que podem comprometer seus rendimentos.

O empresário Henrique Miguel, do mercado financeiro, lista sete erros frequentes entre os investidores iniciantes e explica como evitar cada um desses deslizes. Assim, será possível investir com mais confiança e qualidade. Confira:

  1. Não estudar – Boa parte dos brasileiros não teve educação financeira durante a infância. Sendo assim, é compreensível a dificuldade de muita gente em lidar com as finanças. Mas é preciso quebrar esse ciclo e estudar bastante antes de investir.

“O resultado em investimento depende mais de estudo do que de sorte. Se você espera retorno de suas aplicações, é essencial estudar sobre cada uma delas antes e durante o investimento. Você não precisa ser um especialista, mas precisa entender”, afirma.

  1. Não conhecer seu perfil de investidor – Investir sem saber qual o seu perfil de investidor é um erro básico, mas muito frequente. “Os perfis são basicamente definidos em conservadores, moderados ou arrojados, que indicam, respectivamente, baixa, média e alta disposição ao risco nos investimentos. Essa informação vai nortear como você vai escolher suas estratégias”, explica.
  2. Quando o investidor desconhece o seu perfil, a chance de tomar uma decisão errada aumenta bastante – “Escolher um investimento porque o amigo está investindo ou porque viu nas redes sociais traz um risco muito alto, pois cada um tem objetivos e expectativas diferentes”, aponta Henrique. Para ajudar nessa descoberta, uma das primeiras coisas que uma corretora de investimentos faz após a abertura de uma conta é aplicar um questionário, chamado de suitability, para conhecer o perfil do novo investidor.
  3. Deixar dinheiro na poupança – Por conta da poupança ser acessível, muitas pessoas optam por ela. Contudo, é uma opção nada indicada entre os especialistas. “A poupança é mega popular, mas traz um péssimo retorno financeiro. Afinal, seu dinheiro tem rendimento abaixo da inflação. Isso gera uma desvalorização do seu montante, pois ele perde a capacidade de compra baseado no preço dos bens e serviços do ano anterior”, destaca.
  4. Não diversificar os investimentos – Seja no mercado de renda fixa ou variável, um dos segredos para o sucesso dos investimentos é a diversificação: ou seja, investir um pouco do valor disponível em diversos produtos que combinem com seu perfil. “Aqueles que escolhem um só ativo para colocar todo seu dinheiro ficam com o patrimônio totalmente ameaçado se não der certo. O ideal é ter uma carteira diversificada, com opções de curto, médio e longo prazo”, recomenda.
  5. Esperar resultados excelentes a curto prazo – As pessoas tendem a focar em resultados de curto prazo, mas, quando o assunto é investimento, não existe milagre. “O imediatismo é inimigo daqueles que querem começar a investir. Se for por esse caminho, você pode acabar surpreendido pelas oscilações do mercado e perder dinheiro em vez de ganhar, quando falamos de ações”, avisa.

E nos casos dos títulos públicos ou bancários, resgatar o dinheiro muito antes do prazo previsto pode ser uma decisão equivocada. “Além de perder a rentabilidade, a pessoa ainda pagará maiores valores em taxas e multas, já que o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) possuem tabelas regressivas”, enfatiza o profissional.

  1. Desconsiderar os riscos – Até mesmo os investidores mais experientes estão sujeitos a prejuízos em suas aplicações. “Mesmo quando ele aplica seu dinheiro de acordo com seu perfil, tem um bom planejamento, age com disciplina e diversifica seus investimentos, pode não ter o retorno desejado. Investir envolve riscos e é preciso ter consciência disso”, ressalta. “Portanto, analisar esses possíveis riscos é tão importante quanto avaliar os possíveis lucros que aquele investimento pode te trazer.”
  2. Adiar o momento de começar – Segundo Henrique, é um dos erros mais clássicos. “Diferente do que muitos pensam, não é preciso ser rico para dar esse primeiro passo. O mais importante é mesmo começar”, garante.

Uma das melhores maneiras de entrar no universo do mercado financeiro é fazer uma reserva de emergência. “É uma quantia que será usada caso ocorra algum imprevisto. Essa reserva deve ser feita em local que tenha liquidez diária – isto é, que permita ao investidor acessar o dinheiro a qualquer momento. Vale lembrar que esse tipo de aplicação também não sofre muito com as flutuações do mercado”, acrescenta.