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Eletrobras: democratização do capital e medidas para o crescimento

em Destaques
quarta-feira, 18 de outubro de 2017

O Presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, palestrou sobre o processo de privatização da companhia para associados da ADVB, diversos empresários e autoridades ontem (18) no Círculo Militar de São Paulo.

Com o tema “O Sistema Elétrico Brasileiro e os Impactos da Privatização da Eletrobras”, Ferreira Júnior falou sobre o momento de reconstrução pelo qual a companhia está passando.
“O setor tem um conjunto de desafios e o processo de evolução tem de ser feito para o bem da população, a fim de gerar soluções para esses problemas”, salientou. “Existem melhoramentos e o objetivo é criar uma corporação voltada para o crescimento e para não aumentar a conta de luz do brasileiro”.
Também traçou um perfil da companhia e falou sobre os planos para o próximo ano. “A Eletrobrás pretende investir R$ 15 bilhões nos próximos quatro anos”, comentou.
O presidente da Eletrobrás também falou sobre o impacto da MP de renovação de concessões para reduzir o preço da energia, que acarretou uma perda de 20% da receita líquida da companhia. “A Eletrobras entrou em crise, acumulando um prejuízo de R$ 31 bilhões no período entre 2012 e 2015. Governança e gestão ineficazes; mais da metade dos empreendimentos estão em atraso; taxas internas de retorno das SPEs abaixo do esperado do plano de negócios; baixa performance operacional e endividamento elevado”. Ressaltou ainda que a dívida subiu 15% nos últimos dois anos.
A companhia está colocando em prática o programa “Desafio 21”, que traz uma série de medidas para mudar o cenário de crise. A estrutura da companhia após a privatização, segundo ele, será bem mais simples. “Ao longo de 14 meses centralizamos as operações em Brasília, implantamos novo código de ética e nova política de dividendos, além de implantar o plano de aposentadoria e, até novembro deste ano, vamos instituir o plano de demissão voluntária”, afirmou. Os resultados já são nítidos: “O valor de mercado da companhia já saiu de R$ 9 bilhões (de janeiro de 2016) para R$ 24 bilhões (em agosto de 2017)”.