Para fechar o ciclo de painéis sobre o mercado de fidelidade de 2021, a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF) realizou seu 6º Webinar. Desta vez, abordando o papel dos programas de fidelidade no desenvolvimento de ecossistemas de negócios.
Os modelos surgiram na China, há alguns anos, como plataformas massivas que atendem ao consumidor de forma muito ampla, e hoje, já estão difundidas no Brasil, seguindo como uma forte tendência. Eduardo Terra, CEO da SBVC e partner da BTR, explica que o termo consiste uma “formação de rede de negócios, que têm muito mais um espírito de colaboração do que de competição mais feroz, em que dados passam a ser muito relevantes”.
As empresas começaram se unindo para resolver “dores” e problemas dos clientes e perceberam que precisavam olhar para uma solução multifacetada. “O presente já é digital e muito colaborativo. Em um cenário de varejo super fragmentado, acreditamos que existe um novo jeito inteligente de competir e gerar valor ao cliente”, explicou Juliana Carsoni, CEO do Compre Agora – um ecossistema colaborativo multi-indústrias, spin off da Unilever do Brasil -, que oferece uma gama de serviços, benefícios, conteúdo e um programa de fidelidade, todos voltados ao pequeno varejista.
Essa disponibilidade de todas as soluções que o cliente procura em um único ambiente, de maneira fácil, de acordo com Jhonny Whei, co-funder e head de negócios da Vertem, já é uma forma de engajar o consumidor em um ecossistema. E os mecanismos formais de loyalty, como programas de pontos, descontos e outros, só amplificam esse poder.
Rodolfo Chung, CEO do Zé Co.Brazil e vice president direct to consumer da Ambev, contou que a empresa está no processo de formalizar um programa de fidelidade de coalizão. “Entendemos que, para aumentar a retenção e a frequência, temos que nos associar a outras ofertas de serviços e de produtos complementares”, diz. “Competição colaborativa é algo que está avançado muito. Estamos vendo as empresas cada vez mais conversarem e colaborarem. O mundo digital abriu fronteiras incríveis”, explica Emerson Moreira, CEO da Vertem.
Um exemplo é o da Stix, que conta com Pão de Açúcar, Droga Raia, Extra, Drogasil e iupp do Itaú em seu ecossistema de programas de fidelidade. O CEO, Eduardo Leonidas, contou que a empresa foi criada em meio a pandemia, e é fruto da união de grandes empresas, o que é sim uma tendência.
E se essa é uma aposta do mercado no que se refere às empresas, também pode ser em relação aos participantes dos programas de fidelidade. Fabio Santoro, VP da Dotz, citou o grande interesse dos clientes da empresa pela conversão da moeda Dotz por dinheiro, uma função da Conta Dotz. O executivo ainda destacou que as “criptomoedas podem abrir um caminho relevante” nesse sentido, tendo em vista que essa também é uma novidade de resgate no portfólio da empresa.
Segundo os especialistas do setor que participaram do Webinar de Fidelização, uma tendência a se manter é o interesse dos participantes pelos resgates de produtos, que cresceu durante a pandemia, devido às restrições das viagens, mas que deve conviver com o desejo das pessoas por viajar. O que demostra a democratização dos programas de fidelidade, para atender aos diferentes públicos.
Andre Fehlauer, CEO da Smiles, disse que “as pessoas estão ávidas para retomar o hábito de viajar”. Opinião endossada por Martin Holdschmidt, diretor geral da Latam Pass no Brasil. Juntos afirmaram que, mesmo diante de um primeiro semestre desafiador, em 2021, o segundo tri já mostrava uma retomada, e o otimismo é grande para os próximos meses, quando se fala no resgate de pontos/milhas em passagens aéreas. – Fonte e outras informações: (www.abemf.com.br).