A presidente afastada Dilma Rousseff disse ontem (22), em seu Twitter, que não autorizou pagamento de caixa 2 “a ninguém”.
“Se houve pagamento, não foi com meu conhecimento”. O publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, disseram, em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, que receberam pagamento no exterior referente a uma dívida de campanha do PT nas eleições de 2010.
As audiências foram realizadas na ação penal em que os investigados respondem na Operação Lava Jato. Durante o depoimento, Mônica Moura, que era responsável pela parte financeira da empresa de marketing do casal, informou que recebeu US$ 4,5 milhões em uma conta off shore na Suíça, controlada pelo empresário Zwi Skornick, acusado de operar os pagamentos ilegais, segundo investigadores da Lava Jato.
Conforme Mônica, o repasse era referente a uma dívida por serviços prestados ao PT durante a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010. A empresa do casal fez o trabalho de marketing político da campanha. Mônica relatou que, em 2013, passou a pressionar o ex-tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, para que o pagamento da dívida, estimada em US$ 10 milhões, fosse feito. A partir daí, segundo ela, foi orientada por Vaccari a procurar Skornick, que seria responsável pelo pagamento de uma parcela. Questionada pelo juiz Sérgio Moro se os pagamentos foram registrados na Justiça Eleitoral, Mônica respondeu: “Não, não foi. Foi caixa 2 mesmo” (ABr).