147 views 6 mins

Dificuldades industriais que podem ser solucionadas pelos cobots

em Destaques
segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Apesar de estar longe dos níveis de produção de 2019, a indústria brasileira vem dando sinais de recuperação desde a reabertura da economia. O setor vinha marcando altas perdas como consequência ao isolamento social decorrente da pandemia do Covid-19.

Para se ter uma ideia, a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada todos os meses pelo IBGE indicou que esse mercado teve um crescimento de 8,9% em junho em comparação ao mês anterior. Apesar dos números seguirem melhorando, ainda estão bastante abaixo do desempenho do ano passado.

Para se fortalecer ainda mais, o segmento agora busca caminhos para lidar com as dificuldades novas e antigas decorrentes do tão chamado “novo normal”, e tem encontrado na tecnologia, um papel importante. Para Denis Pineda, gerente regional da Universal Robots na América Latina, empresa dinamarquesa líder na produção de braços robóticos industriais colaborativos, esses equipamentos podem ser ótimos aliados no processo.

Pensando nisso, ele listou 5 dificuldades industriais que podem ser solucionadas pelos cobots:

1) Custo elevado de mão de obra – Uma questão que conta a favor dos cobots está no seu custo. A automatização tradicional é cara e demorada para ser implantada. Além disso, é um sistema que demanda que as fábricas interrompam as suas produções para instalação ou manutenção, o que pode significar muitos prejuízos para a companhia. Apesar disso, essa não deve ser a única necessidade a ser avaliada na hora de se cogitar a automatização das linhas de produção.

“A maioria das empresas realiza um processo de automação após análise de payback extremamente curto e sobre o custo da mão de obra direta, mas a maioria dos casos espera retorno em 12 a 24. Só que os ganhos são permanentes e transformacionais, por isso precisam ser olhados a longo prazo e não apenas do ponto de vista da mão de obra direta. Há outros fatores, como qualidade, aumento da eficiência e principalmente evitar situações de perigo ou ergonomia, que precisam ser avaliados”, detalha Pineda.

2) Manutenção do distanciamento social – Falando em evitar situações de perigo, a segurança sanitária e a saúde dos colaboradores sem que seja necessário interromper a produção, é um desafio que surgiu junto com a pandemia. Nesse caso, robôs colaborativos podem ser a solução ideal, já que podem ser usados lado a lado com os humanos, e, portanto, mantê-los afastados dentro das linhas de montagem.

3) Variação constante de demanda – Outro problema que tem sido bastante comum nos últimos tempos tem sido a variação constante de demanda. Por serem sistemas altamente personalizáveis, muito fáceis de serem implantados e que podem ser adaptados de acordo com as necessidades e aplicações de cada indústria, os robôs colaborativos podem ajudar muito nesse caso.

“Em momentos como esses, é possível identificar as etapas que precisam ser otimizadas e então adaptar o uso dos robôs nelas. Um cobot que antes era usado para paletização pode ser inserido no empacotamento com uma simples mudança de aplicação”, explica Pineda.

4) Riscos ergonômicos e de segurança – Segurança dos colaboradores e ergonomia são dois fatores que estão diretamente ligados, e, por consequência, são dois pontos de atenção importantes para a indústria brasileira. Se um trabalhador se machucar em uma determinada tarefa, os custos desse episódio podem ser muito prejudiciais para a empresa.

A situação de afastamento por lesões causadas por esforço repetitivo pode ser igualmente onerosa. Por serem altamente flexível e fáceis de manusear, os cobots podem assumir tarefas perigosas ou ergonomicamente desfavoráveis e mitigar esses riscos facilmente. Qual o custo de um funcionário afastado?

5) Qualidade de produção – As pessoas têm inúmeras capacidades que os cobots não possuem: destreza, habilidade, graças aos 10 dedos além do intelecto para avaliar imprevistos Por outro lado, esses equipamentos tem precisão de centésimo de milímetros e a capacidade de trabalhar de maneira constante e repetitiva o que pode ajudar a resolver problemas de qualidade.

“Uma operação unido homens e máquinas pode ser mais eficiente e precisa, já que a pessoa faz as tarefas mais cognitivas e que exijam destreza e o robô colaborativo realiza as tarefas precisas e repetitivas. É o melhor dos dois mundos!”, finaliza o especialista.

Fonte e mais informações: (https://www.universal-robots.com/br).